Arquivo da categoria: Coronavírus

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Pandemias causam prejuízo de US$ 197,7 bilhões

Entre os anos de 2001 e 2016, as pandemias causaram um prejuízo de US$ 197,7 bilhões à economia mundial, de acordo com levantamento da Marsh.

Durante a epidemia de zika em 2015, que atingiu 76 países, as perdas somaram o montante de US$ 18 bilhões na América Latina e no Caribe. No Brasil, que foi o epicentro, foram US$ 16 bilhões.

Segundo a Marsh, as novas pandemias terão impactos maiores porque as companhias dependem mais de tecnologia, viagens e das cadeias de suprimento globais.

A estimativa do Banco Mundial é de que uma pandemia severa pode derrubar até 5% do Produto Interno Bruto (PIB) global.
“O impacto econômico já é nítido. Há empresas mudando suas rotinas, há desaceleração na produção, indústrias reduzindo atividades ou parando, diz a superintendente para Prática de Responsabilidade Civil e Ambiental da Marsh, Katia Papaioannou.

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Coronavírus: Ministro defende uso de telemedicina

A Folha de S.Paulo destaca que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta quarta-feira (18) que o governo implementará um serviço de telemonitoramento de sintomas do coronavírus, em nova ação para fazer frente à pandemia. Ele também defendeu o uso da telemedicina no combate ao viras.

“Será uma maneira que a gente vem discutindo com nossos epidemiologistas e equipes, e deveremos ter uma ferramenta bem inovadora. Para que todo brasileiro possa receber a chamada e, ao digitar sinais e sintomas, a gente classificar o risco e mantê-lo sistematicamente monitorado”, declarou o ministro, em coletiva de imprensa ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Mandetta, a ferramenta deve ser apresentada até esta sexta-feira (20). Além do monitoramento, Mandetta disse que o governo pretende regulamentar a telemedicina e a teleconsulta durante o período da epidemia.

“Vamos regulamentar a telemedicina, teleconsulta, para todo o território nacional para essa epidemia”, disse.

O ministro não deu detalhes sobre que medidas seriam adotadas nesse sentido.

Hoje o ministério fornece informações sobre a Covid-19 pelo número 136, mas quem atende a chamada não é médico.

A ideia em estudo, disseram à Folha interlocutores, é criar um mecanismo para que um profissional de saúde possa dar as primeiras orientações de forma remota.

A medida deve auxiliar principalmente em locais remotos, que devem ser atingidos depois pelo vírus.

O ministério também estuda plataformas para que médicos de cidades menos populosas possam intercambiar experiências e informações com profissionais dos grandes centros, para aproveitar a experiência dos locais que devem ser atingidos primeiro pelo vírus.

Mesmo sem uma regulamentação do CFM (Conselho Federal de Medicina) sobre o tema, médicos e serviços de saúde já oferecem pré-consultas e orientação virtuais sobre o coronavírus como forma de evitar a ida desnecessária de pacientes a postos de saúde e hospitais.

As iniciativas são várias: desde médicos de família voluntários respondendo a dúvidas pelas redes sociais até programas no SUS e na rede privada.

Para Antônio Carlos Endrigo, diretor de tecnologia da APM (Associação Paulista de Medicina), o país poderia estar mais preparado para fazer consultas a distância se a resolução do CFM estivessem em vigor.

Em 2019, o CFM publicou uma norma sobre telemedicina que foi revogada por pressão de conselhos regionais. “Agora, os médicos não podem fazer atendimento remoto [integralmente]. Pode ser feita a triagem, mas não o atendimento com prescrição de medicamento. Os médicos estão de mãos atadas.”

Ainda que estivesse valendo, a norma não aliviaria os serviços médicos nesse momento de pandemia. O texto previa que o primeiro atendimento fosse feito presencialmente.

Mas, apesar da revogação, não há impedimento legal para que os médicos orientem seus pacientes utilizando chamadas de áudio e vídeo.

Resolução publicada em 2002 diz que em casos de emergência é possível que médicos realizem ‘suporte diagnóstico e terapêutico” a distância.

Porém, segundo Endrigo, a medida é vaga e deixa a desejar, porque sem a regulamentação os médicos brasileiros carecem de estrutura tecnológica para realizar atendimentos.

O neurologista Jefferson Fernandes, que também é membro da APM, afirma que apesar de médicos usarem aplicativos como WhatsApp para tirar dúvidas de pacientes, as redes sociais não oferecem a segurança que os dados sensíveis requerem.

‘Telemedicina responsável demanda ética e qualidade. As instituições que já fazem a teleconsulta fazem tudo de forma segura. O WhatsApp não é o melhor aplicativo para se usar, ele não protege os dados e não dá para catalogaras informações, criar um banco de dados do paciente, é uma fragilização que se deve à não regulamentação”, diz ele.

Um estudo feito pela empresa Global Summit Telemedicine com 2.258 médicos brasileiros de 55 especialidades, revela que 88,4% dos entrevistados interagem com os pacientes e familiares a distância.

A maior parte deles (65,1%) utiliza o WhatsApp. O segundo meio mais usado para interação fora do consultório é a chamada de voz (16,8%), seguida pelo e-mail (5,6%).

Procurado, o CFM informou por meio de nota que acabou de encerrar a consulta pública para elaborar sua nova resolução de telemedicina. Uma comissão analisará as propostas para elaboração da minuta.

Enquanto a nova regra não for elaborada e aprovada, a telemedicina no Brasil deve ser praticada com base no que está previsto na resolução de 2002, segundo o conselho.

O que a resolução revogada previa

A norma que foi revogada definia a prática de teleconsulta e estabelecia regras, como necessidade de que o primeiro atendimento fosse presencial. Estabelecia ainda intervalo de no máximo quatro meses para consultas presenciais —no caso de pacientes crônicos, por exemplo

– Também previa que atendimento fosse gravado e armazenado seguindo critérios, com proteção garantida para sigilo. Caso paciente não concordasse com a gravação, consulta não pode ser realizada

– Caso o médico prescrevesse exames e medicamentos, documento deveria conter dados de identificação, registro de data e hora e assinatura digital do médico

Como está agora

Consulta pública do CFM para elaborar uma nova resolução foi encerrada. Uma comissão analisará as propostas para elaboração de uma minuta.

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Aumentam o número de cancelamento do seguro viagem devido a epidemia do covid-19

Recomendação é que os viajantes adiem suas viagens para quando a epidemia de coronavírus passar

A epidemia do covid-19 tem alterado a rotina de empresas, funcionários, comerciantes, e todos os cidadãos. As recomendações do Ministério da Saúde é que a população não saia de suas casas em um prazo mínimo de 15 dias. Comércios estão sendo fechados, funcionários trabalhando em home office, viagens canceladas e a possibilidade de fechar fronteiras já estão sendo estudadas.

Alguns já falam em possível recessão econômica quando tudo se normalizar. Mas como as empresas estão lidando com essas restrições? Cláudia Brito, diretora comercial da April Seguro Viagem, diz que a recomendação da empresa é que os clientes não cancelem suas viagens, e sim adie para quando o surto de coronavírus passar.

Outra alternativa oferecida pela companhia, é utilização do crédito para uma viagem futura. “Sabemos que esta crise irá passar e os brasileiros retomarão suas viagens”, diz otimista.

Cláudia ainda diz que num primeiro momento a empresa registrou mudanças de trajeto, muitos viajantes deixaram de ir para a Europa e foram para os Estados Unidos. “Desde o último final de semana, estamos contabilizando um número maior de pedidos de cancelamento”, conta a executiva.

A maioria das seguradoras exclui as epidemias e pandemias das coberturas dos seguros de vida. Nessa semana, a Fenacor solicitou que as seguradoras não apliquem as cláusulas nos contratos de vida e saúde. A April está dando suporte e atendimento médico aos associados com sintomas do covid-19.

É importante nesse momento, seguir as recomendações das autoridades como Ministério da Saúde e Governo Estadual. Se possível, remarcar ou congelar suas viagens para quando esse momento epidemiológico passar.

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Pandemias causaram perdas de US$ 197,7 bilhões na economia mundial, segundo relatório da consultoria de riscos Marsh

Mais de 400 pandemias foram registradas nas últimas duas décadas.

No Brasil, a epidemia Zika Vírus, em 2015, provocou um impacto financeiro negativo de US$ 16 bilhões

 

As pandemias geraram prejuízos bilionários no mundo nos últimos anos. E agora, diante do Coronavírus COVID-19, causador de infecções respiratórias, as empresas devem revisar, testar e atualizar os seus planos de continuidade de negócios e gestão de crises para evitar e minimizar perdas financeiras. Segundo levantamento global da consultoria de riscos Marsh, as pandemias causaram perdas econômicas de US$ 197,7 bilhões no mundo, de 2001 a 2016.

 

No Brasil, a epidemia Zika Vírus, em 2015, provocada pelo mosquito Aedes Aegypt, gerou um impacto financeiro negativo de US$ 16 bilhões na atividade econômica local.

Parte do prejuízo também decorre da improdutividade nas companhias. Cada colaborador com sintomas do Zika Vírus teve que se ausentar em média cinco dias do trabalho.

 

De acordo com a consultoria, mais de 400 doenças infeciosas foram registradas nas últimas duas décadas. Neste intervalo de tempo, houve por exemplo, o caso de doenças transmitidas por alimentos nos Estados Unidos, em 2012, e as perdas financeiras foram da ordem de US$ 78 bilhões. Já caso do vírus da SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que provocou um surto de pneumonia entre 2002 e 2003, os prejuízos foram de US$ 56 bilhões.

 

Segundo relatório da consultoria de risco Marsh, os impactos econômicos potenciais podem se agravar porque é maior a dependência das empresas em tecnologia, viagens e cadeias de suprimento, por exemplo.

 

A epidemias afetam as empresas e resultam em:

 

  • Perda de força de trabalho devido a morte e doença.
  • Maior absenteísmo dos funcionários e menor produtividade devido a obrigações familiares, distanciamento social e medo de infecção.
  • Interrupções operacionais, incluindo interrupções e atrasos nas redes de transporte e cadeias de suprimentos.
  • Redução da demanda do cliente.
  • Dano à reputação se a resposta de uma organização a um surto for vista como ineficaz ou se suas comunicações com partes interessadas internas e externas forem vistas como incompletas ou enganosas.

 

De acordo com Flavio Castro, superintendente da Marsh Risk Consulting, divisão de consultoria de riscos da empresa, as pandemias atravessam fronteiras e afetam ativos estratégicos das empresas, como é o caso do Coronavírus que teve origem na China e se espalhou pela Europa, Ásia, Estados Unidos, Oriente Médio, África e América Latina (com casos confirmados no Brasil).

 

“Perda da força de trabalho, interrupções operacionais como atrasos nas redes de transporte e cadeias de suprimentos de produtos e serviços, baixa demanda dos clientes e danos à reputação se a resposta a um surto é vista como ineficaz, são alguns exemplos de impactos nos negócios. Neste momento é imprescindível que as empresas façam uma revisão, testem e atualizem os planos de gerenciamento de crises e riscos adversos (seguráveis e não seguráveis) para garantir a resiliência da empresa e a continuidade dos negócios”, afirma.

 

As 9 maiores pandemias de 1918 a 2015

 

1918

“Gripe espanhola”

  • Cerca de 100 milhões de mortes
  • Perda de 11% no PIB nos EUA, 17% no Reino Unido, 15% no Canadá e 3% na Austrália

 

1957

“Gripe asiática”

  • Cerca de 1,5 milhão de mortes
  • Queda de 3% do PIB nos EUA, Reino Unido, Canadá e Japão

 

1968

“Gripe de Hong Kong”

  • Cerca de 1,2 milhão de infectados
  • Aproximadamente US$ 26 bilhões em custos diretos e indiretos nos EUA

 

1981

“HIV/AIDS”

  • Mais de 70 milhões de infectados e 36,7 milhões de mortes
  • Queda anual de 2% a 4% de crescimento do PIB na África

 

2003

“SARS (Síndrome de Doença Respiratória Aguda Grave)”

  • Chegou em 37 países, principalmente China, Taiwan, Cingapura e Canadá
  • 8.098 casos suspeitos e 744 óbitos mortes
  • Prejuízos de US$ 4 bilhões em Hong Kong, de até US$ 6 bilhões no Canadá e US$ 5 bilhões em Cingapura

2009

“Gripo suína”

  • De 151.700 a 575.500 mortes
  • Perda de US$ 1 bilhão na Coréia do Sul

 

2012

“MERS (Síndrome de Doença Respiratória)”

  • Se espalhou por 22 países, principalmente Arábia Saudita, Coréia, e Emirados Árabes Unidos
  • 1.879 casos de pessoas com sintomas e 659 mortes
  • Perda de US$ 2 bilhões na Coréia e o governo teve gasto de US$ 14 bilhões

2013

“Vírus Ebola na África Ocidental”

  • 22 países, principalmente Libéria, Serra Leoa, e Guiné
  • 28.646 casos de infecção e 11.323 óbitos
  • Perda de US$ 2 bilhões na Libéria, Serra Leoa e Guiné

 

2015

“Zica Vírus”

  • Infecções em 76 países, principalmente no Brasil
  • 2.656 relatos de casos microcefalia e/ou malformação do Sistema Nervoso Central.
  • Casos de malformação do sistema nervoso
  • Perda de US$ 7 a US$ 18 bilhões na América Latina e Caribe

 

Sobre a Marsh

 

Marsh, líder global em corretagem de seguros e soluções inovadoras de gerenciamento de riscos, conta com 30 mil colaboradores que aconselham clientes individuais e comerciais de todos os tamanhos em mais de 130 países. Pertence ao grupo Marsh & McLennan Companies (NYSE: MMC), uma companhia global de serviços profissionais nas áreas de risco, estratégia e pessoas. Com receita anual de mais de US $ 14 bilhões e cerca de 65 mil colegas em todo o mundo, a MMC ajuda os clientes a navegar em um ambiente cada vez mais dinâmico e complexo através de quatro empresas líderes do mercado. Além de Marsh, também são parte da MMC a Guy Carpenter, a Mercer e a Oliver Wyman. Siga a Marsh no Twitter @MarshGlobalLinkedInFacebook; e YouTube, ou assine o BRINK.

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Coronavírus e o mercado de seguros – Rating de Seguros – Comentário Econômico n∘ 706

Prezados Senhores,

As contas não foram fechadas, pois a epidemia continua.

 

De qualquer forma, algumas informações sobre o coronavirus e o mercado de seguros estão registradas no texto “Covid-19: Learn from history to address the current outbreak”.

Ver…

https://www.iii.org/insuranceindustryblog/covid-19-learn-from-history-to-address-the-current-outbreak/

 

As conclusões:

• Até agora, essa epidemia já matou quase quatro vezes mais, quando comparada ao números do SARS em 2003.

• A taxa de mortalidade estimada do coronavirus é de 2%, mas se acredita que muita gente foi infectada e as estatísticas oficiais não mostram. Ou seja, a taxa seria menor e as infecções seriam maiores.

• Não há vacina para o coronavirus, e os especialistas acham que pode levar um ano ou mais para ela chegar ao consumidor final.

• Há quase 100 anos, o vírus da gripe de 1918 (a famosa “gripe espanhola”, logo após a 1ª Guerra Mundial) tinha uma taxa de mortalidade estimada em cerca de 2% (um número similar ao dado oficial do coronavirus). Mas, como, naquela época, um terço da população mundial foi infectada, a morte chegou a milhões.

• De forma direta, na área de seguros, dois efeitos serão claros. Primeiro, possivelmente o principal, na área de saúde. Esse fato não estava inserido nas taxas, os custos das seguradoras irão aumentar. Um segundo segmento seria em seguro de vida, mas isso dependerá de quais faixas etárias serão as mais afetadas. Em outras áreas de seguros, porém, talvez aconteça um efeito inverso, pois, com a diminuição no fluxo de pessoas, haverá, por exemplo, menores taxas de sinistros de automóvel.

• De forma indireta, o setor de seguros será atingido pela menor produção e queda no PIB nos países. As expectativas de crescimento nesse ano (e talvez do próximo) já começarão a ser ajustadas.

Um último registro. A gripe espanhola teve três fases. A primeira fase foi no 2º trimestre de 2018, com alta taxa de infecção, mas com taxa de mortalidade mais baixa. A segunda fase ocorreu no 3º trimestre de 1918 até o final desse ano. Nessa fase, a infecção se acelerou, além da própria taxa de mortalidade. Esse foi o pior período. A última fase, no início de 1919, foi menos infecciosa e menos mortal do que nas fases anteriores.

 

Cordialmente,

 

Francisco Galiza.

http://www.ratingdeseguros.com.br/

http://twitter.com/ratingdeseguros

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Abrangência do seguro viagem na cobertura dos infectados com o coronavírus

Viajantes estão preocupados com as possíveis coberturas do Seguro Viagem

O momento de gozar as férias ou aproveitar um feriado prolongado é sempre aguardado com imensa expectativa, e, na maioria das vezes, com muito planejamento, principalmente se a viagem for para outro país.

Dentre os itens incluídos nesse plano, certamente, estará o Seguro de Viagem (Nacional/Internacional), o qual abrangerá as despesas necessárias, mas imprevisíveis, que possam surgir no decorrer da viagem, tais como cancelamentos ou atrasos de voos, perda de bagagem, urgências médicas ou odontológicas etc.

Existem as mais diversas opções de coberturas e preços adequando-se a todos os bolsos.

 

Histórico da doença

 

Atualmente, diante dos alardes de possível risco de disseminação mundial do novo coronavírus (nCoV-2019) que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi descoberto em 31/12/2019, após registros de casos na China, na província de Wuhan, os viajantes – propensos segurados – vêm se preocupando acerca da real abrangência do Seguro Viagem em casos de emergências médicas.

Os principais sintomas conhecidos até o momento são febre, tosse e dificuldade para respirar, podendo causar infecção do trato respiratório inferior, como pneumonia – especialmente em pessoas mais velhas e que já possuam outras doenças.

 

Conforme noticiado no site da Organização Mundial da Saúde (OMS), em discurso realizado no dia 26/02/2020, o Diretor-Geral informou que – na mesma data – a China havia notificado 190.190 casos, incluindo 2718 mortes. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde foi confirmado no país o primeiro caso da doença em São Paulo de homem de 61 anos, com histórico de recente viagem para Itália.

 

A OMS classificou o novo coronavírus como emergência internacional, e tal fato trouxe à tona uma maior preocupação aos viajantes.

 

Abrangência do seguro viagem na cobertura dos infectados com o coronavírus

No Brasil, a Resolução CNSP no 315/2014 da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) dispõe que, obrigatoriamente, os planos de seguro viagem deverão ofertar pelo menos uma das seguintes coberturas básicas (em viagem nacional ou internacional): indenização, na forma prevista nas condições gerais e limitada ao valor do capital segurado contratado, das despesas médicas, hospitalares e/ou odontológicas efetuadas pelo segurado para seu tratamento, sob orientação médica, ocasionado por acidente pessoal ou enfermidade súbita e aguda ocorrida durante o período de viagem nacional/internacional e uma vez constatada a sua saída de sua cidade ou país de domicílio, conforme o caso.

 

Além disso, a mesma Resolução determina que em caso de planos de seguro que cubram viagem ao exterior a contratação das coberturas abaixo são obrigatórias:

Traslado de corpo (indenização das despesas com a liberação e transporte do corpo do segurado do local da ocorrência do evento coberto até o domicílio ou local do sepultamento, incluindo-se nestas despesas todos os procedimentos e objetos imprescindíveis ao traslado do corpo);

Regresso sanitário (indenização das despesas com o traslado de regresso do segurado ao local de origem da viagem ou de seu domicílio, caso este não se encontre em condições de retornar como passageiro regular por motivo de acidente pessoal ou enfermidade cobertos) e;

Traslado médico (indenização das despesas com a remoção ou transferência do segurado até a clínica ou hospital mais próximo em condições de atendê-lo, por motivo de acidente pessoal ou enfermidade cobertos).

Ressaltando que as indenizações a serem pagas pelas seguradoras deverão sempre observar a forma prevista nas condições gerais e contratuais e limitada ao valor do capital segurado contratado.

Levando em consideração que no início da doença é difícil distinguir os sintomas de uma infecção pelo novo coronavírus se comparado a outras doenças com sintomas parecidos, muitas vezes o contratante do Seguro Viagem já terá se utilizado da urgência médica, a ser coberta pela apólice. Não por causa do coronavírus, pois em razão do período de incubação, o segurado pode ainda não ter sido sequer diagnosticado com a doença.

 

Após pesquisa, verifica-se que diversas apólices de seguro viagem trazem expressa cláusula de riscos excluídos de cobertura, dentre os quais estão excluídas as despesas decorrentes de doenças desencadeadas ou agravadas pelo acidente, bem como as doenças infecciosas e parasitárias transmitidas por picadas de insetos.

 

Também estão expressamente excluídas de algumas apólices as coberturas dos eventos ocorridos em consequência de epidemias e pandemias oficialmente declaradas, incluindo a gripe aviária, febre aftosa, malária, dengue, meningite, dentre outras, mas não se limitando a elas e desde que declaradas por órgão competente.

 

Em situações análogas, algumas seguradoras inserem em seus contratos cláusulas dispondo que nos casos de prorrogação de estadia ou cancelamento de viagem, conforme o caso, devido à acidente pessoal ou enfermidade durante a viagem, não estarão cobertas as despesas na hipótese de contraindicações de viagens anteriores à contratação da viagem segurada.

De todo modo, algumas correntes do Poder Judiciário têm entendido que são passíveis de reembolso pelas seguradoras as despesas médicas se o segurado vier a ser acometido de doença – mesmo que infecto contagiosa – em viagens internacionais, em caso que exija tratamento urgente e emergencial necessário ao restabelecimento da saúde deste.

Por ora, a melhor maneira de se evitar dor de cabeça e dúvidas sobre a cobertura e atendimento do Seguro Viagem Internacional é atender ao conselho das autoridades sanitárias mundiais de evitar ou cancelar viagens à Wuhan (Hubei, China), ou a qualquer localidade em que já detectada a doença. “O seguro morreu de velho!”

 

*Artigo produzido pela Dra. Vanessa Antonieto Rabelo, Advogada do MLA – Miranda Lima Advogados

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Seguro viagem pode não cobrir afetados pelo coronavírus

Autoridades e seguradoras temem o risco de pandemia e estão preocupadas com o atendimento médico e com despesas de acomodação e deslocamentos nos casos de proibição de deslocamento nos locais afetados

EXCLUSIVO – Desde a semana passada, o mundo passou a ficar preocupado com uma possível pandemia causada pelo coronavírus, também conhecido como 2019-nCoV, que provoca tosse, febre, falta de ar e dificuldade para respirar. Além do seu impacto para a economia, que começou a ser sentido no início desta semana, com a queda das bolsas ao redor do mundo, no mercado de seguros, de imediato, ele é sentido nos seguros viagens, que realizam o atendimento emergencial aos viajantes.

Para os países mais próximos à China, que recebem muitos viajantes oriundos da região de Hubei, província onde fica a cidade de Wuhan, de onde saíram os primeiros casos, o clima de insegurança começa a pesar. Já há casos de infectados em pelo menos 12 países: Austrália, Canadá, Cingapura, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Japão, Malásia, Nepal, Tailândia, Taiwan e Vietnã.

O executivo da House of Travel, Brent Thomas, disse ao site Stuff da Nova Zelândia, que a aceitação de reclamações de pessoas que precisam de tratamento médico para o vírus, ou que são surpreendidas por restrições a viagens, dependem da cobertura de seguro contratada. Eles envolvem, além dos custos com atendimento médico, acomodação e transferência de voos.

Os Governos ao redor do mundo estão desaconselhando viagens à China, principalmente para Hubei.No Reino Unido, o Foreign and Commonwealth Office, um departamento do governo responsável por proteger e promover os interesses britânicos em todo o mundo, emitiu nota dizendo que “do ponto de vista do seguro de viagem, esperamos que os consumidores que tenham adquirido um produto e tenham viajado antes do FCO emitir seu parecer em 23 de janeiro, sejam cobertos enquanto estiverem na China.

O seguro de viagem inclui despesas médicas e, portanto, os custos de tratamento para um viajante que fica doente na China devem ser cobertos até o limite da apólice. Isso inclui qualquer pessoa que tenha visitado ou esteja atualmente na cidade de Wuhan ou na província de Hubei, mas não agora para viajar para a cidade ou província de outro lugar da China”.

A maioria das seguradoras de viagem oferece uma linha direta de assistência médica de emergência 24 horas e os viajantes que sentem que podem ter sido afetados por esse evento são incentivados a ligar para suas seguradoras para obter ajuda.Para os consumidores que adquiriram seguro de viagem antes de 23 de janeiro e reservaram viagens que incluíam visitar ou passar pela cidade de Wuhan ou província de Hubei, a BIBA (British Insurance Brokers Association) espera que eles sejam cobertos por quaisquer custos de viagem e acomodação, caso sejam forçados a cancelar sua viagem e custos de viagem extras necessários caso tenham que interromper sua viagem.

Para as pessoas que viajam para a cidade de Wuhan ou para a província de Hubei, após 23 de janeiro, as seguradoras estão excluindo a cobertura, já que o FCO está desaconselhando as viagens. Esta é uma resposta padrão.A recomendação das autoridades australianas é para que os segurados verifiquem as condições de suas apólices de seguro. Uma análise realizada pelo site de comparação de preços Canstar, da Austrália, constatou que muitas apólices de seguro de viagem incluem isenções para epidemias de doenças e pandemias.

Aqui no Brasil ainda buscamos informações mais detalhadas das empresas que atuam globalmente.

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