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O que a pandemia nos ensinou sobre a telemedicina?

*Por Emilio Puschmann, CEO da Amparo Saúde

A pandemia causada pelo novo coronavírus fez pessoas, empresas e profissionais repensarem sobre como continuar com seus negócios em um novo modelo, ou até mesmo como se reinventar em meio ao cenário atual. Esse desafio pegou o mundo de surpresa, todas as áreas e setores da economia. Todos tiveram que agir rápido, com ou sem planejamento.

Não seria diferente com a área da saúde. Diante de um cenário complexo provocado por uma pandemia, as mobilizações e transformações se fizeram mais do que necessárias, mas urgentes. Em meio ao contexto incerto de quando tudo isso começou, a telemedicina, que há muitos anos batalha para ser regulamentada no Brasil, voltou a ser notada. O Ministério da Saúde liberou em caráter de exceção uma portaria que autorizou o atendimento médico por telemedicina e as teleconsultas, telediagnósticos e teletriagens passaram a ser permitidas. A partir de então, o mercado precisou evoluir rapidamente, se estabelecer da noite para o dia para, enfim, chegar a quem de fato importava, o paciente.

O coronavírus acelerou os investimentos na telemedicina no mundo todo. Na França, o número de teleconsultas subiu de 10 mil por semana em março para mais de 1 milhão na segunda semana de abril . Nos Estado Unidos várias restrições sobre a prática foram suspensas. No Reino Unido, em poucas semanas, a maior parte das mais de 1 milhão de consultas diárias para tratamentos básicos aconteceu a distância. Na China, evitou o colapso do sistema de saúde durante a pandemia.

Com toda essa mudança repentina, as empresas de saúde encontraram o desafio de transformar a inovação em algo muito prático para o dia a dia das pessoas e de educar todos os envolvidos sobre o uso dessa ferramenta, desde os profissionais que passaram a atuar nesse formato, até os pacientes de diferentes idades e perfis. E mais do que isso, gerar uma mudança de comportamento. Não é uma tarefa fácil, mas a pandemia acelerou novos hábitos.

A procura pelo atendimento a distância, seja por telefone ou internet, cresceu consideravelmente durante a quarentena. Não apenas para tirar dúvidas relacionadas ao coronavírus, mas também para acompanhamento de outras doenças, pacientes crônicos, gestantes e até auxiliar outros profissionais. Afinal, o cuidado com a saúde não poderia esperar.

Na Amparo Saúde nos adaptamos rapidamente a esse cenário e, logo no início da pandemia, disponibilizamos uma plataforma robusta, prática e segura para atender os mais de 1 milhão de pacientes sob nossos cuidados, além de médicos e operadoras nesse novo momento. E o número de teleconsultas realizadas não para de crescer. Já foram realizados mais de 40 mil atendimentos online desde a segunda quinzena de março. Hoje, na startup, a atenção primária em saúde com cuidado coordenado por meio da teleconsulta representa 85% do movimento e há capacidade para 28 mil teleatendimentos por mês.

Importante destacar que o atendimento primário é capaz de resolver 90% das queixas dos pacientes, e isso também se aplica à telemedicina. Entre as principais queixas hoje nas teleconsultas estão alergias, infecções respiratórias, febre, fadiga, suspeita ou confirmação de Covid-19, além de avaliações completas da saúde com solicitações de exames.

Aliado à telemedicina a Amparo também tem o prontuário eletrônico, o único pensado para atenção primária. Ele armazena em um único lugar de forma ágil, fácil e segura os dados do paciente, as questões específicas de saúde, exames realizados e seus resultados, medicamentos prescritos, conta com ferramenta para envio de receitas e atestados, e é capaz de gerar um link para o consultório virtual, onde o médico e o paciente podem realizar a teleconsulta de forma segura. No conforto e segurança das suas casas, os brasileiros estão conseguindo cuidar da saúde, se beneficiar de um atendimento de qualidade e se adaptar a esse novo contexto.

A população já aceitou, já aderiu, e está se adaptando cada dia mais. É por isso que acredito que a telemedicina veio para ficar. Digo isso pois o modelo de atendimento online é essencial não apenas neste momento de pandemia para evitar idas a clínicas e hospitais desnecessariamente, mas também porque a telemedicina guia o paciente a distância de maneira assertiva e rápida, oferecendo orientações médicas com mais facilidade antes de o paciente tomar uma atitude em relação à sua saúde. A Atenção Primária aliada à telemedicina já está mudando o cenário de saúde no Brasil. Com atendimento de qualidade, centrado no paciente, com direcionamento assertivo e redução de custos para todos os envolvidos. Estamos só começando!

*Emilio Puschmann é fundador e CEO da Amparo Saúde

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CFM libera telemedicina provisoriamente

O aval foi informado pelo órgão em ofício enviado ontem ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

O Estadão informa que o Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu liberar a telemedicina no País. O aval ao atendimento médico à distância foi informado pelo órgão em ofício enviado ontem ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

No documento, assinado pelo presidente do conselho, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, o órgão detalha que passam a ser permitidas as seguintes modalidades de telemedicina: 1) teleorientação, situação em que médicos possam à distância orientar e encaminhar pacientes em isolamento; 2) telemonitoramento, quando o médico monitora a distância parâmetros de saúde e de doença do paciente, e 3) teleinterconsulta, modalidade feita entre profissionais de saúde, para troca de informações e opiniões entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.

Até agora, a prática da telemedicina era vetada no País e os médicos que a praticassem poderiam sofrer punições por parte do conselho profissional. Mesmo assim, hospitais como o Albert Einstein e operadoras como a Amil já realizavam esse tipo de procedimento.

O Conselho de Medicina ressalta no documento que a autorização é excepcional e válida apenas ‘enquanto durar a batalha de combate ao contágio da covid-19’.

Em 2018, o conselho chegou a publicar uma norma que regulamentava a prática. A resolução, no entanto, foi revogada após polêmica com as entidades médicas no ano passado, com a promessa de aprofundar os debates sobre o assunto.

Nesta semana, Mandetta, já havia defendido essa modalidade e havia afirmado que o formato será regulamentado no País, para além da relação entre os profissionais de saúde. ‘(Dará) suporte ao médico, atendimento à rede e diretamente ao cidadão. Vamos usar todo o potencial da telemedicina.’ Hospitais privados ofereceram a estrutura a distância para ajudar a rede pública.

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Coronavírus: Ministro defende uso de telemedicina

A Folha de S.Paulo destaca que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta quarta-feira (18) que o governo implementará um serviço de telemonitoramento de sintomas do coronavírus, em nova ação para fazer frente à pandemia. Ele também defendeu o uso da telemedicina no combate ao viras.

“Será uma maneira que a gente vem discutindo com nossos epidemiologistas e equipes, e deveremos ter uma ferramenta bem inovadora. Para que todo brasileiro possa receber a chamada e, ao digitar sinais e sintomas, a gente classificar o risco e mantê-lo sistematicamente monitorado”, declarou o ministro, em coletiva de imprensa ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Mandetta, a ferramenta deve ser apresentada até esta sexta-feira (20). Além do monitoramento, Mandetta disse que o governo pretende regulamentar a telemedicina e a teleconsulta durante o período da epidemia.

“Vamos regulamentar a telemedicina, teleconsulta, para todo o território nacional para essa epidemia”, disse.

O ministro não deu detalhes sobre que medidas seriam adotadas nesse sentido.

Hoje o ministério fornece informações sobre a Covid-19 pelo número 136, mas quem atende a chamada não é médico.

A ideia em estudo, disseram à Folha interlocutores, é criar um mecanismo para que um profissional de saúde possa dar as primeiras orientações de forma remota.

A medida deve auxiliar principalmente em locais remotos, que devem ser atingidos depois pelo vírus.

O ministério também estuda plataformas para que médicos de cidades menos populosas possam intercambiar experiências e informações com profissionais dos grandes centros, para aproveitar a experiência dos locais que devem ser atingidos primeiro pelo vírus.

Mesmo sem uma regulamentação do CFM (Conselho Federal de Medicina) sobre o tema, médicos e serviços de saúde já oferecem pré-consultas e orientação virtuais sobre o coronavírus como forma de evitar a ida desnecessária de pacientes a postos de saúde e hospitais.

As iniciativas são várias: desde médicos de família voluntários respondendo a dúvidas pelas redes sociais até programas no SUS e na rede privada.

Para Antônio Carlos Endrigo, diretor de tecnologia da APM (Associação Paulista de Medicina), o país poderia estar mais preparado para fazer consultas a distância se a resolução do CFM estivessem em vigor.

Em 2019, o CFM publicou uma norma sobre telemedicina que foi revogada por pressão de conselhos regionais. “Agora, os médicos não podem fazer atendimento remoto [integralmente]. Pode ser feita a triagem, mas não o atendimento com prescrição de medicamento. Os médicos estão de mãos atadas.”

Ainda que estivesse valendo, a norma não aliviaria os serviços médicos nesse momento de pandemia. O texto previa que o primeiro atendimento fosse feito presencialmente.

Mas, apesar da revogação, não há impedimento legal para que os médicos orientem seus pacientes utilizando chamadas de áudio e vídeo.

Resolução publicada em 2002 diz que em casos de emergência é possível que médicos realizem ‘suporte diagnóstico e terapêutico” a distância.

Porém, segundo Endrigo, a medida é vaga e deixa a desejar, porque sem a regulamentação os médicos brasileiros carecem de estrutura tecnológica para realizar atendimentos.

O neurologista Jefferson Fernandes, que também é membro da APM, afirma que apesar de médicos usarem aplicativos como WhatsApp para tirar dúvidas de pacientes, as redes sociais não oferecem a segurança que os dados sensíveis requerem.

‘Telemedicina responsável demanda ética e qualidade. As instituições que já fazem a teleconsulta fazem tudo de forma segura. O WhatsApp não é o melhor aplicativo para se usar, ele não protege os dados e não dá para catalogaras informações, criar um banco de dados do paciente, é uma fragilização que se deve à não regulamentação”, diz ele.

Um estudo feito pela empresa Global Summit Telemedicine com 2.258 médicos brasileiros de 55 especialidades, revela que 88,4% dos entrevistados interagem com os pacientes e familiares a distância.

A maior parte deles (65,1%) utiliza o WhatsApp. O segundo meio mais usado para interação fora do consultório é a chamada de voz (16,8%), seguida pelo e-mail (5,6%).

Procurado, o CFM informou por meio de nota que acabou de encerrar a consulta pública para elaborar sua nova resolução de telemedicina. Uma comissão analisará as propostas para elaboração da minuta.

Enquanto a nova regra não for elaborada e aprovada, a telemedicina no Brasil deve ser praticada com base no que está previsto na resolução de 2002, segundo o conselho.

O que a resolução revogada previa

A norma que foi revogada definia a prática de teleconsulta e estabelecia regras, como necessidade de que o primeiro atendimento fosse presencial. Estabelecia ainda intervalo de no máximo quatro meses para consultas presenciais —no caso de pacientes crônicos, por exemplo

– Também previa que atendimento fosse gravado e armazenado seguindo critérios, com proteção garantida para sigilo. Caso paciente não concordasse com a gravação, consulta não pode ser realizada

– Caso o médico prescrevesse exames e medicamentos, documento deveria conter dados de identificação, registro de data e hora e assinatura digital do médico

Como está agora

Consulta pública do CFM para elaborar uma nova resolução foi encerrada. Uma comissão analisará as propostas para elaboração de uma minuta.

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