Seguro Com Prazo Customizável – Mudança e Evolução – Muitas Oportunidades à Vista

Por Sergio Ricardo M Souza, MBA, M.Sc.

Seguro é um instrumento de resposta aos riscos expostos às pessoas, às empresas e à sociedade. O prêmio do seguro é definido a partir de algumas variáveis: o segurado, o risco e o tempo pelo qual a cobertura de seguro será contratada.

O segurado pode ser uma pessoa física ou jurídica, exposta a riscos que quer proteger, seja em seu patrimônio pessoal ou profissional, suas responsabilidades ou mesmo a proteção de si próprio e da sua família. O risco varia com a exposição ao risco, o que depende da probabilidade de ocorrência de eventos indesejáveis e da magnitude das consequências que podem ser estimadas. Assim, combinando estes fatores percebe-se que não é tão simples definir a taxa de risco, ou seja, a taxa que deve ser estabelecida para que seja interessante que o segurador subscreva o risco, criando por meio de um contrato de seguro a obrigação de indenizar, já que este segurado e os seus riscos deverão ser combinados com os das suas carteiras o que pode minimizar ou agravar as taxas a serem praticadas.

Quando se incorpora o tempo como uma das variáveis da equação de forma não padronizada, sobretudo quando a escolha da vigência se dá por meio da vontade do segurado, há algumas considerações a fazer.

Se o padrão da carteira é a subscrição de riscos por um período padronizado, por exemplo, apólices de seguro automóvel, compreensivos residenciais ou empresariais com cobertura por 1 ano, contratações por prazos menores podem significar prêmios proporcionais maiores, porém poderiam ser absolutamente adequadas para contratações por tempo determinado, por exemplo, quando se quer comprar ou alugar um veículo ou uma residência por um período de tempo definido, inferior a 1 ano ou quando um proprietário de um imóvel residencial ou comercial quer contratar seguro pelo período em que o imóvel estiver desocupado, podendo fazer isso por períodos.

Os seguros de pessoas podem ser contratados por prazo determinado (um mês, um ano, n anos…) ou por toda a vida do segurado (seguro vitalício ou de vida inteira). Durante o período de vigência, o segurado ficará resguardado e os seus beneficiários protegidos financeiramente em caso de ocorrência de um dos eventos cobertos (falecimento, doença, acidente, incapacidade, perda de renda, desemprego etc.), que não lhe permitam mais prover o seu sustento e/ou de seus familiares. Mas também há os seguros viagem por apenas alguns dias (duração da viagem) que por vezes duram menos de um dia.

Enfim, é necessário adequar os seguros às demandas da sociedade. Imaginem, por exemplo, que um fotógrafo que trabalha em estúdio tenha a oportunidade, uma ou duas vezes por ano, de fazer trabalhos externos, mas que por ser obrigado a levar os seus equipamentos de trabalho fique preocupado em ser assaltado. Esse profissional teria que contratar uma apólice de seguros anual de Riscos Diversos, vindo a pagar um prêmio de seguros que não reflete o risco a que está exposto, ou seja, seus equipamentos estarão de fato expostos por 1 ou 2 dias por ano e ele terá que contratar seguro por 365 dias. Por que o mercado de seguros não consegue ser criativo para atender a essa e outras demandas específicas?

A resposta começa a ser construída. O primeiro passo está na Circular SUSEP 592/2019 (que recomendo a leitura). O normativo traz as condições gerais para a customização de planos de seguros com vigência reduzida de contrato e período intermitente, uma evolução no mercado brasileiro de seguros, desde que as seguradoras e microsseguradoras se debrucem sobre o assunto e percebam o tamanho da oportunidade que está sobre a mesa, o que é o segundo passo.

O normativo da Susep informa que a vigência reduzida se aplica a períodos que podem ser fixados em meses, dias, horas, minutos ou a viagens, trechos e a quaisquer outros critérios estabelecidos no plano de seguro. Já o período de vigência intermitente (“liga-desliga”) levará em conta os critérios de interrupção e recomeço da validade da apólice, bem como a inclusão ou a exclusão de riscos.

As Insurtechs, munidas de um grande arcabouço de infraestrutura tecnológica, inclusive de rastreamento (e até Blockchain), podem se valer da criatividade e vir a fazer muitas coisas novas com essas possibilidades.

Sinceramente, eu vinha meio desanimado com o mercado de seguros, sobretudo porque a interlocução inteligente e baseada em risco por vezes se mostra vazia, mas eis que em meio a grave crise política e econômica que vivemos as boas ideias surgem e podem vir a abrir um mar de oportunidades para quem resolver estudar e ousar.

Claro que, ao mesmo tempo, há notícias ruins, como por exemplo toda a discussão que está em baila sobre a exposição da comissão dos corretores, o que tende a exterminar com os pequenos corretores de seguros e, pelo menos, na minha visão, já é um assunto regulado pelo próprio mercado via concorrência para o qual não caberia interferência externa.

Não posso deixar de misturar estações, aqui, porque é preciso fazer com que as pessoas pensem fora da caixa. Já que estamos começando a dar passos para uma nova revolução, que se chama Indústria 4.0, que trata de um conceito de indústria (aqui entendida de forma geral) proposto recentemente e que engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura e serviços, tudo isso significa dizer que há uma esteira de mudanças por vir.

A partir de Sistemas Cyber-Físicos, Internet das Coisas e Internet dos Serviços, os processos de produção de produtos e serviços tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis, ou seja, puxados por demandas específicas dos consumidores, que querem opções e não aceitam prazos demorados de resposta, erros e preços elevados.

Um dos maiores impactos a serem causados pela indústria 4.0 será a criação de novos modelos de negócios, até disruptivos. Em um mundo cada vez mais exigente, muitas empresas já procuram integrar ao produto necessidades e preferências específicas de cada cliente, mas isso ainda é embrionário. A customização prévia do produto ou serviço por parte dos consumidores tende a ser uma variável a mais no processo de produção, mas as “fábricas” inteligentes serão capazes de levar a personalização de cada cliente em consideração, se adaptando às preferências. Por exemplo, os consumidores podem querer características diferentes de cobertura de seguros em função de quem são, dos riscos que estão expostos e pelo prazo que precisarão delas, além do compartilhamento dos seus hábitos de consumo e de utilização dos bens a segurar de forma on-line e rastreável com as seguradoras, para conseguirem preços melhores e até isso ser condicionante para aceitação dos riscos.

Seguros com certeza fará parte importante da Indústria 4.0, mas precisamos estar um ou dois passos à frente desde já para não perdermos mais uma vez o bonde da história. Parte da revolução depende de atitudes “flexibilizantes” por parte de quem regula as atividades, estabelecendo limites seguros para as operações, mas sem deixar de colocar sobre a mesa que precisamos mudar e evoluir.

Sergio Ricardo de M Souza, MBA, M.Sc

Executivo dos Mercado de Seguros com mais de 20 anos de experiência. Mestre em Sistemas de Gestão – UFF/MSG, MBA em Sistemas de Gestão – GQT – UFF. Engenheiro Mecânico – UGF. Foi superintendente técnico e comercial na SulAmérica Seguros. Foi membro da ANSP – Academia Nacional de Seguros e Previdência e foi Diretor do CVG – Clube Vida em Grupo RJ. Fundador do Grupo Seguros – Linkedin. Associado da ABGP, PRMIA, IARCP. Colunista da Revista Venda Mais e do Portal CQCS. Coordenador de Pós-Graduação e Professor dos programas de Pós-Graduação do IBMEC, UFF, IPETEC UCP, ENS, FGV, FUNCEFET, UVA, CEPERJ, ECEMAR, ESTÁCIO DE SÁ, TREVISAN, IBP, CBV. É, atualmente, coordenador acadêmico de vários cursos de pós-graduação, como o MBA Saúde Suplementar (http://www.ipetec.com.br/mba-em-saude-suplementar-ead/), do MBA Gestão de Negócios de Seguros (http://www.ipetec.com.br/mba-em-negocios-de-seguros-ead/) e do MBA Governança, Riscos Controles e Compliance na UCP. Sócio-Diretor da Gravitas AP – Consultoria e Treinamento, especializada em gerenciamento de riscos, seguros, saúde suplementar e resseguro. www.gravitas-ap.com(sergioricardo.gravitasap@gmail.com).

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Seguros avançam no “mercado de luto”

Seguros e proteções já representam 5% dos R$ 350 milhões de faturamento obtido pelo Grupo Invita

O DCI destaca que seguros e proteções já representam 5% dos R$ 350 milhões de faturamento obtido pelo Grupo Invita que reúne funerárias, cemitérios, crematórios e empresas de planos funerários em 13 estados do Brasil. Ao todo, o chamado mercado de luto movimenta R$ 7 bilhões por ano no País.

Segundo comunicado divulgado ontem, os planos oferecidos por essas empresas aos clientes, que antes se limitavam aos produtos funerários, passaram a também incluir seguros e assistências a partir de 2014. Os seguros atualmente comercializados garantem indenização em caso de morte, invalidez, doença grave, fratura nos ossos, hospitalização e outros eventos.

Os Planos de Assistência Familiar, pagos mensalmente por milhões de pessoas, atendem os públicos C e D. Esses, inicialmente apenas garantiam o atendimento emergencial às famílias na ocasião do óbito, mas hoje também oferecem serviços como rede de descontos em clínicas, academias, escolas e universidades, chegando a também ofertar material de convalescência, seguros, capitalização, empréstimos pessoais e um amplo leque de assistências (pet, veicular, etc).

Os novos negócios, que já equivalem a 5% dos R$ 350 milhões de faturamento do Grupo Invita, deverão representar 15% em até 4 anos. Hoje, os planos atendem mais de 3,5 milhões de pessoas.

Os seguros e assistências estão sendo garantidos pela seguradora Mongeral Aegon, com a qual o Grupo firmou em 2017 um acordo de exclusividade para comercializar as apólices no mercado brasileiro do luto.

O regime de exclusividade compreende não apenas a oferta de proteções para pessoas físicas, mas também a distribuição de seguros por meio de outras empresas que atuam nesse mercado que movimenta anualmente cerca de R$ 7 bilhões, conforme números do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep).

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Assistência 24 horas é intimada por atuar como seguradora

A Susep intimou a Top Assistência 24 Horas a apresentar sua defesa no prazo de 30 dias em face da representação por atuar como seguradora sem a devida autorização legal.

Caso não apresente suas argumentações, a empresa será julgada sem as referidas alegações e estará sujeita à penalidade de multa, prevista no Decreto-Lei 73/66 e na Resolução 243/11 do CNSP.

SITE.

No seu site, a TOP assistência 24 horas se apresenta como provedora de “um novo conceito no ramo veicular”. A empresa dispõe de uma central de atendimentos 24 horas por dia e sete dias por semana, atendendo veículos de passeio, utilitários e caminhões.

A empresa oferece um serviço de rastreamento com tecnologia GPRS, aplicativo próprio para monitorar veículos ou frotas e diz ter uma rede de prestadores cadastrados em todo Brasil.

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Open Insurance: GR1D acelera e desburocratiza processo de integração

Historicamente, Instituições Financeiras criam e gerencial internamente todos os seus serviços e sistemas, o que lhes garante negócio total controle sobre cada aspecto das suas operações, mas impõe altíssimo custo e longos prazos para chegar ao mercado. . No ambiente de  Open Insurance, o controle total é mantido, mas as soluções – em formato de APIs (Interface de Programação de Aplicações ou Application Programming Interface) – são implementadas com baixo custo e muito rapidamente. Com isto, a empresa passa a ter foco maior nas ofertas, desenho de produtos e serviços e estratégia em geral. . Além disso, pode disponibilizar suas próprias APIs para que outras empresas possam consumir seus produtos ou serviços.

“Open Insurance é uma revolução. Neste modelo de negócios, a propriedade dos dados de um cliente passa a ser dele e não mais da empresa que os detém. Assim, todo o histórico de comportamento (todos os dados de longo prazo das transações feitas pelo cliente, que permitem definir perfil de consumo), um conjunto de operações (todos os seguros que um cliente já teve), uma parte específica do conjunto de operações que o cliente faz (o histórico de contribuições para Planos de Previdência, por exemplo), uma simples informação (qual o saldo de uma determinada conta do cliente, por exemplo) ou os seus dados cadastrais – que hoje pertencem à operadora (porque ninguém consegue ter acesso, nem mesmo o cliente), passam a ser de propriedade do cliente. E ele poderá conceder acesso a quem ele quiser”, explica o CEO da GR1D Insurance, Renato Terzi.

De acordo com o executivo, no modelo Open, os acessos são disponibilizados sempre no mesmo padrão – em APIs – o que permite o compartilhamento de produtos, funcionalidades e serviços. “Novos provedores de serviços – por exemplo um aplicativo independente que dê acesso a todas as seguradoras do mercado – poderão consumir os serviços dos players do mercado e os dados do cliente e oferecer, por exemplo, comparativos e consultoria sobre as melhores escolhas a cada momento e necessidade”, pontua Terzi.

Ele lembra ainda que não é necessário ser um operador – Seguradora, Banco, etc. – para poder oferecer serviços. Até operações complexas como cancelamento e aumento de cobertura, poderão ser oferecidos por terceiros que tenham a autorização do cliente e consumam as APIs dos operadores. Isto fará com que o mercado fique mais acessível e passe a valorizar mais a qualidade dos produtos, das experiências de clientes e da adequação de ofertas.

“A GR1D é o Open Insurance de verdade, disponibilizando as APIs de todos os operadores do mercado e de empresas que oferecem processos e tecnologia para a indústria, para quem queira desenvolver soluções para os clientes. Viabilizamos e fomentamos o desenvolvimento das soluções mais inovadoras do mercado, usando todo o potencial do modelo Open”, destaca o CEO da Insurtech.

Terzi acredita que os Corretores de Seguros serão os principais beneficiados pelo modelo, passando a ter acesso a todos os serviços, produtos e funcionalidades tanto das seguradoras como de insurtechs e SoftwareHouses, e ainda podendo, facilmente e com baixo custo, desenvolver soluções tecnológicas para seus clientes. “Com a Gr1d, até mesmo os menores Corretores conseguirão ter suas soluções digitais próprias”, enfatiza o executivo, que conclui: “A Gr1d encurta o caminho para implementações de soluções sem que haja necessidade de desenvolvimentos mais complexos de códigos, ou seja, a possibilidade de construir um APP ou uma aplicação para computador apenas juntando peças – as APIs – para implantar as funcionalidades. Aceleramos, desburocratizamos e simplificamos o processo de integração, por isso geramos mais eficiência e reduzimos o time to market. Isso facilita e ainda reduz drasticamente o custo, permitindo a transformação digital de verdade para todos.”

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Coordenador de inovação da Universidade Aconseg participa de conferência para corretores

O coordenador de inovação da Universidade Aconseg, João Arthur Baeta Neves, é um dos 70 palestrantes da Conferência Seguros na Prática 2019, que começa nesta segunda-feira, dia 9, e vai até 13 de setembro. Com inscrições gratuitas, trata-se do maior evento online para corretores de seguros.

Em seu workshop, ele abordará táticas de sucesso ao atendimento ao lead, mostrando formas eficazes de converter um lead em segurado. O conteúdo será exibido no dia 10, às 14h.

“O objetivo desse evento está totalmente alinhado ao propósito da Universidade Aconseg, que é facilitar o acesso à capacitação no mercado de seguros”, comenta.

A Conferência, promovida pela Educa Seguros e pela Segfy, poderá ser acessada no portal Seguros na Prática: https://eventos.segurosnapratica.com/conferencia/.

Sobre a Universidade Aconseg |

Criada em 2019 pela Associação das Empresas de Assessoria e Consultoria de Seguros do Estado do Rio de Janeiro (Aconseg-RJ) e pela IndoRH, é uma universidade corporativa voltada a corretores e profissionais de assessorias de seguros, bem como outros players desse mercado. Oferece cursos e treinamentos presenciais e à distância, com alto nível de personalização, para atender a políticas, estratégias e objetivos empresariais específicos.

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Presidente do CCS-RJ estará na Conferência Seguros na Prática 2019

 

 

O presidente do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ), Fabio Izoton, vai participar, na próxima semana, da Conferência Seguros na Prática 2019, o maior evento online voltado a corretores de seguros do Brasil. Entre os dias 9 e 13 de setembro, serão exibidos conteúdos exclusivos, elaborados por 70 palestrantes especialistas no mercado.

Izoton irá contar um pouco sobre a sua trajetória profissional, o trabalho realizado na diretoria do Clube e sua visão de mercado para o Rio de Janeiro, em entrevista que vai ao ar na quinta-feira, dia 12 de setembro, às 9h.

“Não percam essa oportunidade de adquirir conhecimento em diversas áreas do seguro, desde produtos até temas mais estratégicos, como tendências e técnicas de prospecção. Tudo isso com inscrição gratuita”, convida Izoton.

A Conferência, promovida pela Educa Seguros e Segfy, conta com o apoio institucional do CCS-RJ. As inscrições podem ser feitas no portal Seguros na Prática: https://eventos.segurosnapratica.com/conferencia/.

Sobre o CCS-RJ | 

Fundado em 1980, o Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro tem como objetivo estimular encontros e debates que contribuam para o desenvolvimento do setor e da categoria. A entidade promove também a articulação estratégica e contínua com os demais participantes do sistema nacional de seguros privados. [http://ccsrj.com.br/]

 

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