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Porto Alegre terá curso sobre Lei de Proteção de Dados

Ensino Médio completo é pré-requisito

Visando regulamentar o tratamento dos dados pessoais de clientes e usuários por parte de empresas públicas e privadas, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que foi sancionada em 2018, entrará em vigor em agosto deste ano. A partir dessa data, empresas que possuam qualquer informação de seus clientes em sua base de dados deverão seguir os procedimentos previstos na nova legislação, ficando sujeitas a multas que podem chegar a R$ 50 milhões em caso de descumprimento.

Ciente da importância que a LGPD terá no mundo corporativo, a ENS lançou o curso técnico “A Lei de Proteção de Dados”, que está com vagas abertas em Porto Alegre (RS). Com início na próxima terça-feira, 21 de janeiro, o programa apontará os principais impactos da lei no cotidiano das empresas e as principais formas de adequação à mesma.

Temas como Cenários Internacionais, Tratamento de Dados Pessoais, Mapeamento de Dados, Gerenciamento de Riscos de Terceiros, Responsabilidades, Sanções e Penalidades serão abordados ao longo de 8 horas/aula. Para participar é necessário Ensino Médio completo.

A especialista em Direito do Seguro pela Universidade Nova de Lisboa, Deborah Sperotto, o graduado em Ciências Jurídicas e Sociais, Felipe Romero, a especialista em Direito do Seguro pela Fundação Escola Superior do Ministério Público, Niris Cristina Fredo da Cunha, e o também graduado em Ciência Jurídicas e Sociais, Saymon Leão, serão os docentes.

Mais informações podem ser acessadas no site ens.edu.br, onde também é possível efetuar matrículas.

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Setor de saúde quer mais prazo para implantar Lei de Proteção de Dados

“Nossa realidade é muito maior do que a lei contempla”, diz coordenadora do grupo de trabalho de Proteção de Dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Rogéria Cruz

O UOL relata que o setor de saúde ainda está inseguro com a implantação da Lei Geral de Proteção de Dados no país. Sancionada em agosto do ano passado pelo então presidente Michel Temer, a lei prevê um tempo de transição para entrar em vigor, o que pode ocorrer em fevereiro ou agosto do ano que vem. As associações, entidades e organizações que atuam na área de saúde consideram curto esse período de adaptação à lei.

Segundo a coordenadora do grupo de trabalho de Proteção de Dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Rogéria Cruz, o setor está inseguro sobre o tem que fazer, o que pode e como fazer. ‘Nossa realidade é muito maior do que a lei contempla. Então, vejo o setor inseguro sobre quando [a lei] entra em vigor, inseguro se vai ter dinheiro para fazer os investimentos de que precisa, se vai ser penalizado, inseguro sobre como treinar os seus funcionários de forma adequada. O tempo é curto’, afirmou Rogéria, que participou nesta quarta-feira (17), de um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para discutir a implicação da lei na área de saúde.

Para o diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Rodrigo Rodrigues de Aguiar., a insegurança é natural por causa das novidades trazidas pela lei. ‘A lei traz muitas responsabilidades e consequências para aqueles que não a cumprirem adequadamente. Além da multa, que já está prevista na lei e que é de um vulto muito impressionante de 5% do faturamento bruto das empresas, ela traz previsões de responsabilidade civil e criminal das pessoas. Então as pessoas, em geral, ficam muito preocupadas quanto à sua aplicação’, disse Aguiar.

‘[A lei] vem de forma positiva, sem dúvida alguma. Só que a gente tem um desafio muito grande de pensar em adequação e adaptação, seja de sistema, de processo, de mapeamento que tem que ser feito’, disse a diretora jurídica da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Tatiane Schofield. De acordo com Tatiane, é preciso ‘otimizar’ o processo de adaptação e de adequação. ‘Esse universo é gigantesco, e a gente precisa se organizar no setor, de forma geral e coletiva, para trabalhar essas questões mais importantes agora’, acrescentou.

Entre os desafios para a implantação da lei, Rogéria destacou a questão da portabilidade e das diferenças culturais no país. Em entrevista à Agência Brasil, ela citou também as questões do direito ao esquecimento e de a pessoa chegar lá e querer revogar. ‘Como eu trato isso hoje? Será que tem sistema para o caso de a pessoa hoje não querer isso, querer só aquilo? O quanto estarei suscetível?’, questionou Rogéria.

Para ela, o que mais preocupa é a diferença cultural no nosso país. ‘Uma territorialidade imensa, pessoas com compreensão do sistema de saúde distintas e realidades distintas. É difícil ter uma implantação tão massiva em tão curto espaço de tempo.’

Mudanças

Segundo Aguiar, ainda não é possível dimensionar o quanto a lei vai mudar o setor. ‘Certamente teremos mudanças significativas, com muitos impactos, porque a lei traz conceitos novos e que não vinham sendo aplicados de forma tão robusta e substancial no setor. Mas, como é um setor que sempre tratou com dados sensíveis, um setor que não vai sair do zero, já tem alguma base de preparação para começar a aprender a aplicar essa lei. Teremos dificuldades, teremos desafios, mas certamente desafios possíveis de serem enfrentados e vencidos’, afirmou.

Para Aguiar, um dos desafios é a própria interpretação e aplicação da lei. ‘Como temos a previsão de uma Autoridade Nacional de Proteção de Dados, que ainda não foi constituída, ainda não sabemos como serão interpretados alguns dispositivos da lei. Por exemplo: como uma agência reguladora como a ANS vai ser enxergada pela Autoridade? Ela vai ser um dos controladores de dados, com uma série de responsabilidades, inclusive civis e criminais? Ou vai ser uma parceira da Autoridade Nacional, subsidiando-a com informações qualificadas do setor para regulação desse setor de saúde?’ Ainda temos muitas dúvidas sobre como será a aplicação dessa lei, acrescentou.

Rogéria ressaltou que a lei é positiva, embora ainda haja alguns problemas a serem resolvidos. ‘Vai aumentar muito mais a transparência, uma necessidade que não é só do setor de saúde, mas do mundo.’ O setor de saúde é complexo, e não se sabe se haverá tempo para que se organize de forma a atender na totalidade a lei, acrescentou a especialista. ‘Hoje temos formulários, que as pessoas assinam e que não necessariamente compreendem. Acho que essa lei vai trazer a possibilidade da gente trabalhar isso.’

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Seguro contra violação de dados deve ter grande aumento nos próximos anos, prevê Alper

Brasil é considerado o 6° país mais vulnerável a ataques contra dados. Por conta disso, a Lei de Proteção de Dados deve entra em vigor em 2020 e a Alper já oferece ao mercado apólices que incluem cobertura para multas

A Alper Consultoria em Seguros prevê que nos próximos dois anos haverá um grande aumento no número de apólices de seguros contra violação de dados, principalmente com a proximidade da Lei de Proteção de Dados, que está prevista para entrar em vigor em 2020 e traz diversas obrigações legais para as empresas.

Apesar de o Brasil ser o 6° país que mais sofre ataques contra dados no mundo, Fernando Cirelli, superintendente de linhas financeiras da Alper, afirma que no País há apenas cerca de 200 apólices emitidas de seguro para proteção contra violação de dados.

“A quantidade é muito baixa, principalmente, porque ainda não havia uma legislação específica sobre o assunto. Já no exterior essa modalidade de seguro é bastante comum, porque já tem uma legislação mais madura tratando sobre o tema”, afirma Cirelli.

Segundo o executivo, apesar da legislação estar prevista para entrar em vigor apenas em 2020 no Brasil, o risco já existe para as empresas e as incidências são enormes. “Violações acontecem todos os dias, a questão é saber o tamanho dessa violação e o prejuízo, a depender do setor de atuação da empresa em que os dados foram violados”, diz o gerente.

O seguro contra violação de dados protege a própria empresa e terceiros (clientes, fornecedores, empregados etc). A apólice vai cobrir prejuízos cada vez mais recorrentes hoje nas empresas, como: custas judiciais, advogados, indenizações, notificações a clientes, lucros cessantes, gastos com investigações forenses, sanções feitas pelo Ministério Público e ações por danos morais coletivos e, até, multas impostas por agências reguladoras.

Vale lembrar que a Alper negociou ajustes com uma seguradora e emitiu há pouco tempo a primeira apólice que prevê cobertura contra essas multas. “Mesmo sem a Lei ainda em vigor, que prevê as multas, hoje as empresas estão sujeitas a riscos que podem acarretar no arrolamento de processos, que podem levar longos meses e talvez anos, podendo envolver a aplicação de multas, e os valores podem chegar a R$ 50 milhões”, afirma Fenando Cirelli.

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