Setembro amarelo: programas são benéficos para empresa e funcionário

Os programas de qualidade da saúde mental são um conjunto de ações que visam cuidar do psicológico dos funcionários, aumentando a qualidade de vida no trabalho e retraindo talento para as companhias
EXCLUSIVO -A campanha “Setembro amarelo” marca o combate ao um problema de saúde mundial considerado grave: o suicídio. A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) afirma que o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos no mundo e é a segunda principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade.
Segundo dados da ONU, mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida a cada ano. Desse número, aproximadamente 65 mil casos acontecem anualmente em todo o continente americano. Já no Brasil, de acordo com a cartilha do Ministério da Saúde, cerca de 11 mil se suicidam por ano.
Os transtornos mentais e emocionais são a segunda causa de afastamento do trabalho. Nos últimos dez anos, a concessão de auxílio-doença acidentário devido a essas doenças avançaram em quase em 20 vezes, segundo o Ministério da Previdência Social. A depressão é considerada a doença do século XXI. Por isso, diversas empresas investem em programas de incentivo à qualidade da saúde mental.
Um programa de qualidade da saúde mental é um conjunto de ações que visam cuidar do psicológico dos funcionários, aumentando a qualidade de vida no trabalho. Por meio de medidas de prevenção, identificação, apoio e reabilitação, a companhia reduz o nível de estresse na equipe e também o risco de desenvolvimento de diversos transtornos.
A CarePlus desenvolveu o Mental Health, um programa com o objetivo de atender as necessidades dos colaboradores e beneficiários da empresa, no qual contam com assistência individualizada e garantia de sigilo e confidencialidade. A pessoa interessada deve se inscrever pelo telefone e é atendida por uma equipe de psicólogas especializadas, que estão disponíveis 24 horas/ 7 dias por semana.
De acordo com Ricado Salem, diretor médico da empresa, “a melhor maneira de implantar esses programas é sempre ouvindo o colaborador. Muitas empresas fazem uma série de ações sem escutá-los e, por isso, não há adesão por parte deles. Outro ponto importante é que as campanhas tenham continuidade, pois o funcionário precisa de um acompanhamento”.
Na Aon, o movimento “Aon pela vida” oferece soluções aos colaboradores e clientes por meio de promoção, prevenção e gerenciamento de saúde, promovendo diálogos entre os stakeholders capazes de influenciar o sistema de saúde no Brasil. Um dos programas oferecidos é o de gerenciamento de estresse e saúde emocional, no qual é montada uma série de ações baseadas em dados dos colaboradores da empresa.
Segundo Marco Tulio, diretor médico da companhia, “falar sobre doença mental não é menos importante do que debater sobre doenças físicas. Há muito preconceito envolvido e este é o primeiro ponto para focar em treinamentos para as lideranças, pois assim elas poderão identificar quais funcionários estão mais propensos a desenvolver uma depressão, por exemplo, e encaminhá-los para um tratamento adequado”.
Independentemente da ação, é fundamental que ela combine a cultura organizacional da empresa e as necessidades dos profissionais. “Muitas companhias ficam preocupadas com os custos destas ações, mas esquecem de avaliar o retorno do valor obtido com estes programas. Atualmente, as pessoas buscam trabalhar em empresas que tenham essa cultura e visão de bem estar, pois ambientes mais saudáveis são atrativos”, ressalta Salem.

 

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