Estudo aponta para a necessidade de ter uma transformação digital, visando tornar os processos mais ágeis, simples e inteligentes
A everis realizou um estudo sobre os principais fatores que determinarão o futuro do setor de seguros no Brasil e em outras economias da América Latina.
“O mercado nacional ainda tem muito a evoluir para diversificar seus produtos e oferecer aos consumidores uma jornada mais interessante e proveitosa, com características mais adequadas às suas necessidades e expectativas. Por isto, penso que é importante apresentar aos CEOs das seguradoras fatores identificados que serão determinantes para o sucesso nos negócios neste e nos próximos anos”, afirma Roberto Ciccone, sócio da everis responsável pela Prática de Seguros na região Américas.
O primeiro fator é ser capaz de oferecer ao cliente uma experiência 100% digital, ou seja, dar ao consumidor as ferramentas necessárias para que faça subscrição, incorporação, assinatura digital e inicie os sinistros online, além de possibilitar que faça sugestões e reclamações online. Quanto mais o cliente interagir digitalmente com a companhia, mais rica se tornará a base de dados, o que permitirá à empresa ter um perfil mais completo e assertivo de cada um dos seus consumidores e, por consequência, a criação e oferta de produtos mais personalizados.
As empresas de seguros também precisam, como segundo fator, reforçar os canais digitais – com a utilização, por exemplo, de robôs para fazer a aproximação do segurado com o corretor – e oferecer escritórios phydigitais (físico + digitais) em sua rede de agências na banca seguros e ter uma verdadeira transformação com marketing digital para a rede.
Só assim será possível identificar necessidades diferenciadas para experimentar novos produtos – ou seja, seguros peer-to-peer (P2P), microsseguros ou seguros sob demanda e soluções de cibersegurança baseados em IoT. “Outra área na qual será possível inovar muito é a de saúde digital, com investimentos mais efetivos em telemedicina, gestão de consultas e de pacientes crônicos, bem como serviços de assistência remota”, destaca Ciccone.
Segundo ele, para isto, é preciso também que a seguradora tenha dados assertivos de toda a cadeia de valor – da inteligência empresarial (BI) ao BigData, para que tenha uma visão do consumidor 360° e possa utilizar soluções analíticas avançadas para prevenir e detectar fraudes, além de Big Content. O executivo reforça ainda que é preciso adequar-se e aproveitar os investimentos para as novas regulamentações para melhorar o conhecimento completo sobre o cliente e seus riscos.
Outro fator que pode ser utilizado como diferencial pelo CEO é a adoção de um programa de transformação cultural, incentivando o público interno e da cadeia de valor a empreender, viabilizar o conceito de agilidade no negócio e fazer gestão inteligente do conhecimento. “Desta forma, é possível investir em uma organização ambidestra, que observa diferentes tendências para construir cenários potenciais e explorar modelos de incubadoras de projetos e de colaboração com startups a fim de inovar e destacar-se da concorrência, enquanto continua mantendo a operação”, explica.
Todos os fatores reforçam a necessidade de ter processos simples, propiciados por uma maior automação com uso de robôs (RPAs) + soluções cognitivas, blockchain e contratos inteligentes para automatizar os processos. Essencial é a aceleração da transformação de TI – utilizando Agile + DevOps, cloud, modelo de aceleração de projetos, integração e arquitetura modular, além de aplicar inteligência artificial – com Chatbots e roboadvisors para atendimento interno.
Só assim será possível otimizar as vendas pela internet, para oferecer um modelo mais coerente com as novas gerações de consumidores millenials, que são mais práticos e exigentes quando se trata de questões específicas, além de serem sensíveis a preços. “Com esta finalidade, é interessante ter um gerenciador de sites comparativos e estratégias de marketing digital avançadas”, reforça o executivo.
Ciccone conclui afirmando que “a observação de todos estes fatores exige especial atenção do CEO e do C-Level das companhias de seguro para que a transformação digital seja bem-sucedida e estratégica para o crescimento dos negócios, da fidelização dos clientes e da lucratividade”.
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