Arquivo da categoria: Investimentos

Auto Added by WPeMatico

Convergência entre investimentos e seguros

Quem melhor aproveitar a transformação digital para implantar foco no cliente despontará como o novo líder
Em artigo recente escrevi sobre o que nos motiva a investir. Sobre qual impulso nos faz tomar uma decisão por abdicar dos prazeres proporcionados pelo consumo.

O processo decisório que nos leva a poupar e a investir está associado a dois grandes objetivos. Por um lado, buscamos nos proteger das necessidades inesperadas e das incertezas do futuro. Do outro lado, encontramos o desejo de multiplicar riqueza e alcançar uma vida com mais conforto. Poucos desenvolvem o prazer do simples acúmulo de riqueza. A síndrome de Tio Patinhas é para poucos.

Para alguns, tais como os jogadores no mercado financeiro, o prazer das apostas já é suficiente. Mas estes são comportamentos mais específicos.

Considerando este binômio, que chamarei segurança e prosperidade, nossa visão sobre gestão financeira deve contemplar tanto investimentos quanto seguros.

O apelo pelo seguro sempre advém, como o termo já indica, da busca pela segurança. Como ensina a economia comportamental, o sofrimento oriundo da perda é muito maior, cerca de duas vezes, que o prazer do ganho.

Não por outro motivo, o discurso para convencer as pessoas a contratar seguro, desde sempre, foi baseado na possibilidade e nos danos causados por um sinistro. Aliás, a palavra sinistro já emula uma sensação de prejuízo iminente.

A possibilidade concreta de um acidente ou roubo de automóvel tornou o seguro de veículo praticamente uma obrigação. Quem tem a coragem de sair da concessionária sem ter contratado o seguro?

Quanto mais presente o dano, roubo por exemplo, mais fácil o convencimento. Já eventos mais distantes, como um acidente fatal, são menos perceptíveis e mais difíceis de levar à conversão.

Já o investimento trabalha as percepções de preservação e ganho, e não conta com o argumento da perda iminente. Resta, portanto, o discurso sobre a necessidade de pensar no futuro e ter um “dinheirinho” para as emergências. Mais difícil de convencer alguém a trocar o hoje pelo amanhã.

Ao longo dos anos, seguros e investimentos vieram sendo tratados de forma independente. Seguradoras e bancos, mesmo quando integrantes de um mesmo conglomerado, tinham seus negócios conduzidos de forma apartada.

A tecnologia também não colaborava. As primeiras ondas de sistemas eram voltadas para necessidades de atender as transações feitas pelos clientes. Além das limitações técnicas, ou por conta delas, os custos eram proibitivos e a prioridade recaía sobre viabilizar a venda. Foco na transação.

Hoje o cenário é distinto. A competição empurra bancos, seguradoras e plataformas para implementarem a visão de cliente e a tecnologia disponível já é suficiente para identificá-lo, bem como as suas necessidades.

Só para citar algumas tecnologias em voga: big data, data science, inteligência artificial, machine learning, etc.. O conjunto destas técnicas é capaz de traçar um quadro muito fidedigno sobre o cliente.
O próximo estágio, necessário, e que já está em andamento, é a convergência entre investimentos e seguros.

Faz todo sentido, e colaborará em muito para educação financeira, abordar os clientes com uma visão da sua vida financeira. Um planejamento financeiro completo deve cobrir os riscos e as necessidades de caixa, no presente e no futuro.

Utilizar o argumento da possibilidade de perda para incutir a preocupação com o futuro e com a preservação do patrimônio é uma excelente oportunidade de despertar a atenção para a necessidade de disciplina orçamentária.

Agentes autônomos de investimento e corretores de seguros, em algum momento, serão parceiros ou terão suas atividades fundidas em um novo perfil profissional. Quem sabe um planejador financeiro regulado pela CVM.

Com a tecnologia disponível já é possível implementar uma visão única de cliente. Resta derrubar as barreiras de negócios e as inevitáveis igrejas, ou seitas, que se formam no mundo corporativo. Os próximos anos são de ebulição. Quem conseguir mapear as oportunidades abertas pela convergência entre investimentos e seguros e melhor se aproveitar da transformação digital em curso para implantar negócios, de fato, centrados nos clientes, despontará como líder.

Em tempo:
Nos dias 25/11, 02/12 e 09/12, sempre das 17:30 às 18:30, a HB Escola de Negócios e a Sistram Informática promoverão webinars sobre convergência entre investimentos e seguros e o uso da tecnologia da informação.

______________________________________________________________________________________

Participe do Bom Dia Seguro, o maior grupo no WhatsAPP exclusivo para Profissionais de Seguros de todo Brasil.

Realize o seu cadastro através do link e venha compartilhar conhecimento: https://www.cqcs.com.br/cadastre-se/

Caso você já seja cadastrado no CQCS, envie um Fale Conosco solicitando participar do grupo. Link: https://www.cqcs.com.br/fale-conosco/

O post Convergência entre investimentos e seguros apareceu primeiro em CQCS.

Porto Seguro Investimentos vê PIB avançando 2,5% e Selic em 4,25% em 2020

A Porto Seguro (PSSA3) estima que o crescimento da economia brasileira em 2020 deva ser de 2,5%, com as estimativas para o PIB do ano passado em 1,2%.

Para o IPCA, a projeção da Porto é de 3,4% em 2020, depois de fechar 2019 em 4,2%, enquanto vê o dólar encerrando o calendário a R$ 4,15.

No caso da Selic, os analistas esperam que a taxa fique em 4,25% no fechamento do ano.

Em documento enviado a clientes, o braço de investimentos da seguradora destaca que embora seja uma economia fechada, o Brasil não está imune ao ambiente global de crescimento, liquidez e incerteza.

Por isso, a perspectiva de uma estabilização da atividade mundial neste ano, na esteira do acordo EUA e China e de condições financeiras globais estimulativas, deve contribuir para acelerar o crescimento do PIB doméstico em 2020.

Para a equipe, não se deve perder de vista, contudo, que várias fontes de tensão geopolítica espalhadas pelo globo seguirão como risco a esse cenário mais construtivo.

O documento destaca que, comparada a várias economias emergentes da Ásia e mesmo algumas da América Latina, o Brasil é sem dúvida uma economia fechada, seja no tocante ao comércio exterior (como proporção do PIB) ou mesmo em termos do fluxo de capitais. Esse perfil, contudo, não deixa o país imune aos ciclos econômicos ou às mudanças no grau de liquidez global.

Assim os analistas explicam que a desaceleração do ritmo de expansão mundial nos dois últimos anos exerceu impacto relevante sobre o desempenho doméstico.

Banco Central
As estimativas do Banco Central sugerem que o crescimento do PIB brasileiro de 2019 poderia ser 0,5 ponto percentual maior não fossem os efeitos negativos da desaceleração global (Imagem: Enildo Amaral/BCB./Flickr)
Considerando-se a profunda crise econômica na vizinha Argentina nesse período, o mundo relevante para o Brasil (em que o peso relativo da Argentina é maior que para os demais países), experimentou uma desaceleração ainda mais acentuada.

A Porto Seguro aponta que as estimativas do Banco Central sugerem que o crescimento do PIB brasileiro de 2019 poderia ser 0,5 ponto percentual maior não fossem os efeitos negativos da desaceleração global (-0,3 pp) e da crise argentina (-0,2 pp).

Apesar disso, a instituição vê como boa notícia o fato de que quando se considera a perspectiva de ambos para 2020, é possível vislumbrar um cenário mais positivo (ou menos negativo) que aquele que pesou sobre 2019.

Crescimento global
O relatório aponta que em uma escala (bem) mais ampla, dois fatores tendem a gerar perspectivas mais favoráveis para a economia global em 2020 relativamente ao quadro observado em 2019.

Um fator que deve contribuir para conter a desaceleração global é a melhora das condições financeiras, que em grande medida se deve à ação dos principais bancos centrais mundiais (Imagem: Reprodução/Facebook Board of Governors of the Federal Reserve System)
O primeiro deles diz respeito ao recém anunciado acordo entre China e EUA. Embora distante de eliminar todos os focos de tensão envolvendo as duas potências, esse acordo deve reduzir o elevado grau de incerteza que permeou o passado recente de empresas e consumidores ao redor do mundo.

Um segundo fator que deve contribuir para conter a desaceleração global é a melhora das condições financeiras, que em grande medida se deve à ação dos principais bancos centrais mundiais.

Cena interna
Domesticamente, diversos fatores conspiram para um ritmo de crescimento econômico muito superior ao padrão observado nos últimos vários anos: menor risco fiscal, juros em patamares historicamente baixos e recuperação (gradual) do mercado de trabalho, entre outros também importantes.

O post Porto Seguro Investimentos vê PIB avançando 2,5% e Selic em 4,25% em 2020 apareceu primeiro em CQCS.