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Fenasaúde promove 3º encontro de comunicação da Saúde suplementar

Tema desta edição abordará a jornada do beneficiário de plano de saúde com Atenção Primária à Saúde

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) realizará, dia 23 de abril, em São Paulo, o 3º Encontro de Comunicação da Saúde Suplementar. Uma iniciativa inovadora, ao reunir diretores e assessores de operadoras, representantes de entidades da cadeia do setor e jornalistas da grande imprensa e do trade de seguros, o objetivo é promover uma ampla discussão sobre temas estratégicos e aprofundar o diálogo e a compreensão mútua entre as empresas de saúde suplementar, a imprensa e demais atores do setor. O tema deste ano será ‘Propostas para conter a escalada de custos e fornecer assistência de qualidade, com foco na Atenção Primária à Saúde (APS)’. As vagas são limitadas e as inscrições já estão abertas: https://bit.ly/2TNIQp9

“O encontro busca aperfeiçoar o trabalho contínuo de Comunicação da Saúde Suplementar com a sociedade. Este ano, para fortalecer o setor, entre outras medidas, defendemos a implementação da Atenção Primária à Saúde, como base do sistema para organizar a assistência e o encaminhamento para os outros níveis de atenção. Isto contribuirá para melhorar a eficiência no uso dos recursos e a qualidade do serviço prestado, reduzindo gastos desnecessários e, principalmente, proporcionado uma melhor gestão do cuidado à saúde do beneficiário”, aponta João Alceu Amoroso Lima, presidente da FenaSaúde.

Informação – Para debater esse novo modelo de assistência, a proposta do 3º Encontro de Comunicação da Saúde Suplementar é ampliar a discussão a partir de questionamentos da sociedade. Durante o evento, Gustavo Gusso, professor de Clinica Geral e Propedêutica da Universidade de São Paulo (USP) apresentará um painel sobre a jornada assistencial do paciente que tem plano de saúde hoje e como essa deve ser em um plano com programa de APS.

Como essa assistência se dá na cadeia da Saúde Suplementar? Qual o comportamento que esse beneficiário deve ter nesse novo modelo de assistência? Quais são os resultados? Esses e outros pontos serão debatidos, no painel comandado por José Cechin, diretor-executivo da FenaSaúde, a partir de um levantamento sobre resultados da APS em algumas associadas da FenaSaúde.

Atualmente, o modelo de atenção à saúde predominante no setor é baseado no atendimento médico fragmentado e voltado ao tratamento da doença. O resultado dessa forma de trabalho tem demonstrado, em alguns casos, ineficiência no atendimento e gerado desperdícios no sistema de saúde, que sofre com a escalada dos custos assistenciais. E o pior: sem indicar resultados clínicos melhores para os beneficiários de planos de saúde.

Para mudar esse quadro, as operadoras estão buscando o modelo coordenado da APS, que, em sua essência, está voltado para uma visão de cuidado integral do cidadão, com foco em ações de prevenção e promoção à saúde a partir de equipes de medicina da família.

Edições passadas – Em abril de 2018, o 2º Encontro de Comunicação da Saúde Suplementar debateu os fatores do reajuste dos planos de saúde e a dificuldade em transmitir à sociedade as reais causas que determinam os índices de aumento.

Já o 1º Encontro de Comunicação, em 2017, promoveu uma ampla discussão sobre o posicionamento do setor da Saúde, levantando questões cruciais para o entendimento dos consumidores sobre os planos de saúde.

Evento: 3º Encontro de Comunicação da Saúde Suplementar

Data: 23/04/2019

Horário: das 8:30 às 14 horas

Local: Hotel Grand Mercure (Rua Sena Madureira 1355, bloco 1 – Ibirapuera)

Inscrições: https://bit.ly/2TNIQp9 – Vagas limitadas

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FenaSaúde participa de audiência pública sobre contratualização

Para Federação, é preciso analisar o impacto das diversas ações apresentadas

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) marcou presença na audiência pública sobre contratualização na Saúde Suplementar, realizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na última sexta-feira, dia 22, no Rio de Janeiro. A relação contratual entre operadoras e prestadores de serviço foi pauta de debate entre esses dois atores do setor. O objetivo do órgão regulador com essa iniciativa é avaliar a necessidade de revisão ou aprimoramento da regulação acerca desse tema. Segundo a ANS, a intenção é encontrar soluções menos intervencionistas e mais indutivas, em prol da qualidade da assistência ofertada e reduzir os conflitos nas relações entre operadoras e prestadores.

Sandro Leal, superintendente de Regulação da FenaSaúde, considera positivo que a ANS discuta melhorias no setor, mas afirma que identificar os impactos é condição necessária para avançar. “Foram colocadas muitas ações interdependentes com impactos diferentes no sistema, que é muito heterogêneo. Vale lembrar que temos duas premissas básicas: o setor privado deve chegar ao equilíbrio pela livre negociação, sem interferência estatal, e que se atue quando houver uma falha de mercado bem identificada, e não em situações específicas de um segmento ou outro, o que pode provocar novos desequilíbrios. O mercado leva a resultados mais socialmente desejáveis e eficientes, e a sociedade ganha. O consumidor é o ator que deve aproximar as partes”, pondera o executivo.

Um dos objetivos do encontro foi compartilhar, com um número mais amplo de atores, os subsídios colhidos na Câmara Técnica de Contratualização e Relacionamento com Prestadores (CATEC), instituída pela ANS para debater o tema com o setor e órgãos públicos. Até o momento, foram realizadas quatro reuniões e mais uma será marcada. A CATEC é formada por integrantes de cerca de 30 órgãos e entidades de Governo, além do Ministério Público Federal, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e Ministério Público do Consumidor (MPCON).

Durante a audiência pública foram debatidas e levantadas questões sobre alguns dos temas que têm sido o foco de atuação da CATEC: remuneração de materiais e medicamentos de uso hospitalar; dificuldades na negociação contratual; glosa; reajuste; adoção da Tabela TUSS (padronização de códigos e nomenclaturas entre prestadores de serviço, operadoras e a ANS); rescisão de contratos; utilização de tabelas de referência para remuneração; subnotificação das irregularidades pelos prestadores de serviço; entre outros.

“Em relação às tabelas utilizadas, o posicionamento da Federação é que a correção das distorções é correta e positiva, mas é preciso discutir adaptação e prazos deixando o mercado negociar. Já quanto aos pacotes, a FenaSaúde entende que é um movimento em direção às melhores práticas de remuneração e pondera que o pacote é uma relação comercial entre as partes, um conceito diferente dos protocolos clínicos. É necessário o compartilhamento de riscos alinhados ao que o mundo está fazendo, sendo ajustado pela experiência estatística observada entre cada operadora e prestador. Por último, sobre a questão da Glosa, os estudos propostos pela ANS são importantes para identificar os casos concretos.Grande parte das glosas ocorre por conta de cobranças indevidas e erros administrativos. Por natureza, os contratos são imperfeitos e não preveem todas as circunstâncias”, concluiu Sandro Leal.

 

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Os dados da saúde na 4ª Revolução Industrial

Confira o artigo da presidente da FenaSaúde publicado em 23/1 na Folha de S.Paulo

Nosso planeta está se tornando um grande ser vivo digital. Com o avanço da internet das coisas, processadores podem ser colocados em produtos com as mais diversas finalidades. Em várias partes do mundo, sensores embutidos em objetos medem a vibração, a temperatura, a composição química etc. Algumas das aplicações dessa tecnologia serão úteis a ponto de nos fazer pensar como conseguimos viver tanto tempo sem elas.

Um exemplo? Assim que os sensores químicos ficarem suficientemente baratos, eles poderão ser colocados dentro das caixinhas de leite para avisar quando o produto, de fato, azedou. Em vez de respeitar a data de validade da embalagem (baseada em um cálculo estatístico sobre a duração média do produto), o consumidor terá uma informação precisa para saber se o leite ainda está bom. Uma informação única, individualizada e capaz de evitar muitos desperdícios.

Na saúde, há múltiplos desdobramentos e possibilidades. Surgem balanças que registram não só o peso, como também o nível de hidratação e outros parâmetros e suas variações. Os dados são enviados para um aplicativo de celular. Há também relógios que fazem bem mais do que apenas registrar as horas. É o caso da nova versão do Apple Watch, capaz de realizar um eletrocardiograma e enviar o resultado para o celular. A partir daí, o cliente pode compartilhar a informação com o médico, se desejar.

A inovação tecnológica que já estamos vivendo e os debates acerca do futuro da informação, como o promovido durante o 4º Fórum da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), no fim de outubro, nos levam a refletir sobre as implicações deste novo mundo, no qual os consumidores aceitam fornecer dados pessoais com a contrapartida de receber melhores serviços.

No nosso setor, é preciso ter um cuidado extremo na transição para a quarta revolução industrial –a da informação. É imperdoável errar quando o que está em jogo são os dados de saúde, como ressaltou Henrique von Atzingen do Amaral, líder do ThinkLab da IBM Brasil. Todo e qualquer serviço que pretenda usar esse tipo de informação precisa oferecer conveniência, relevância, segurança e controle.

O grande entusiasmo despertado pelos avanços da inteligência artificial aplicada à área médica só vai se concretizar no Brasil se os dados dos pacientes estiverem digitalizados e disponíveis, de forma organizada e comparável. Só assim os algoritmos poderão contribuir para a melhoria dos diagnósticos por imagem, a descoberta de novas drogas, a priorização de pacientes em hospitais, entre outros usos.

Antes disso, os agentes da saúde suplementar têm o desafio de mostrar ao paciente o que será feito com as informações dele e conseguir consentimento para qualquer de suas ações. É o que exige a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, sancionada em agosto. O prazo de adequação dado às empresas é insuficiente: apenas 18 meses.

O marco legal impõe um desafio, mas não impedirá o avanço dos projetos baseados no registro e compartilhamento de dados de saúde. As primeiras iniciativas das operadoras têm demonstrado que os indivíduos concordam em permitir o acesso a seus prontuários eletrônicos quando recebem informações claras e entendem os benefícios oferecidos. Com transparência, ética e respeito à legislação, o futuro da informação pode ser um grande aliado na reorganização do sistema de saúde.

Solange Beatriz Palheiro Mendes é presidente da FenaSaúde

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