ANS n\u00e3o faz acompanhamento adequado. Consumidores ter\u00e3o 3 reajustes neste ano<\/p>\n
O ac\u00famulo de reajustes em 2021 deixa planos de sa\u00fade coletivos at\u00e9 50% mais caros, segundo pesquisa do\u00a0Idec<\/a>\u00a0(Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).<\/p>\n O aumento exponencial dos valores cobrados se deve aos reajustes de 2020, que foi prorrogado, e o previsto para o m\u00eas de anivers\u00e1rio da pessoa em 2021. Al\u00e9m disso, h\u00e1 tamb\u00e9m a cobran\u00e7a retroativa do que deixou de ser pago no ano passado.<\/p>\n De setembro a dezembro de 2020, a ANS (Ag\u00eancia Nacional de Sa\u00fade Suplementar) interrompeu os reajustes das mensalidades dos planos coletivos, aqueles firmados por empresas, conselhos, sindicatos ou associa\u00e7\u00f5es. Com o fim deste prazo, a ag\u00eancia permitiu a recomposi\u00e7\u00e3o dos valores ao longo de 2021. Ou seja, aqueles que n\u00e3o foram cobrados no ano passado dever\u00e3o ter que pagar a partir de janeiro.<\/p>\n A simula\u00e7\u00e3o do Idec foi feita com base nos valores indicados no Painel de Precifica\u00e7\u00e3o da ANS de julho de 2020. Segundo o instituto, s\u00e3o dados oficiais \u201cconservadores<\/em>\u201cporque n\u00e3o refletem as \u201chist\u00f3ricas distor\u00e7\u00f5es no mercado de sa\u00fade suplementar<\/em>\u201c.<\/p>\n No caso dos planos individuais, que o reajuste foi impedido de ser feito em 2020 \u2013seria de 8,14%\u2013 a cobran\u00e7a passa a ser feita neste ano. A ANS ainda definir\u00e1 o reajuste dos planos de sa\u00fade individuais para o ano de 2021 a 2022. Ou seja, o valor ficar\u00e1 ainda maior.<\/p>\n Os aumentos s\u00e3o registrados mesmo com as principais operadoras de planos de sa\u00fade mantendo ou at\u00e9 melhorando as condi\u00e7\u00f5es financeiras.<\/p>\n De acordo com levantamento da\u00a0Economatica<\/a>, a pedido do\u00a0Poder360<\/strong>, o lucro l\u00edquido do grupo\u00a0Notre Dame<\/a>\u00a0subiu de R$ 292,18 milh\u00f5es nos 9 primeiros meses de 2019 para R$ 581,18 milh\u00f5es no mesmo per\u00edodo do ano passado. Considerando o mesmo intervalo de tempo, a rede\u00a0Qualicorp<\/a>\u00a0registrou leve queda de R$ 326 milh\u00f5es para R$ 324,5 milh\u00f5es.\u00a0O lucro da\u00a0Hapvida<\/a>\u00a0aumentou de R$ 640,75 milh\u00f5es para R$ 691,87 milh\u00f5es.<\/p>\n \u201cN\u00e3o d\u00e1 para a gente permitir extra\u00e7\u00e3o de renda da popula\u00e7\u00e3o neste n\u00edvel no momento em que a gente est\u00e1 vivendo, de pandemia, quando o outro lado\u00a0[operadoras]\u00a0n\u00e3o tem necessidade de receber isso\u201d<\/em>, disse a advogada e coordenadora do programa de Sa\u00fade do Idec, Ana Carolina Navarrete.<\/p>\n De acordo com ela, h\u00e1 uma omiss\u00e3o regulat\u00f3ria antiga da ANS, que h\u00e1 anos n\u00e3o faz um monitoramento adequado dos pre\u00e7os e reajustes dos planos coletivos. N\u00e3o divulga ou disponibiliza m\u00e9dias anuais de alta nos valores cobrados ou outros dados para que outras institui\u00e7\u00f5es fa\u00e7am o trabalho que compete \u00e0 ag\u00eancia reguladora.<\/p>\n O\u00a0Poder360<\/strong>\u00a0solicitou \u00e0 ANS a m\u00e9dia de reajuste anual dos planos coletivos nos \u00faltimos anos. Em resposta, disse que faz o monitoramento de valores cobrados para seguros com at\u00e9 30 vidas. Acima disso, n\u00e3o sabe informar.<\/p>\n \u201c\u00c9 um problema grave, porque ela divulga dados de reajustes dos planos coletivos de at\u00e9 30 vidas, as os coletivos grandes n\u00e3o divulga, e essa \u00e9 uma informa\u00e7\u00e3o importante. J\u00e1 pedimos por LAI [Lei de Acesso \u00e0 Informa\u00e7\u00e3o] v\u00e1rias vezes e sempre h\u00e1 uma recusa\u201d, disse Ana Carolina.<\/p>\n Considerando os reajustes dos planos de sa\u00fade coletivos com at\u00e9 30 vidas, os dados est\u00e3o desatualizados. A \u00faltima base de informa\u00e7\u00e3o \u00e9 de maio de 2018 a abril de 2019.\u00a0Tamb\u00e9m n\u00e3o divulga a m\u00e9dia, s\u00f3 o percentual correspondente a cada empresa. Confira\u00a0aqui<\/a>.<\/p>\n O Idec fez um levantamento \u2013j\u00e1 defasado\u2013 sobre os reajustes aplicados pelos planos coletivos com at\u00e9 30 vidas. Em 2017, \u00faltimo dado dispon\u00edvel, o reajuste m\u00e9dio foi de 13,6%. Considerando as 10 maiores empresas, o percentual era de 18,2%.<\/p>\n A ANS define o teto de reajustes para planos individuais e familiares. Os coletivos empresariais e por ades\u00e3o s\u00e3o definidos pelo mercado. Como n\u00e3o h\u00e1 limites definidos para a corre\u00e7\u00e3o dos pre\u00e7os, tendem a ser mais caros.<\/p>\n Considerando os planos individuais e familiares, os reajustes foram acima da infla\u00e7\u00e3o 17 vezes nos \u00faltimos 20 anos. De 2000 a 2020, s\u00f3 em 2000, 2002 e 2003 ficaram abaixo.<\/p>\n O aumento dos pre\u00e7os n\u00e3o foram permitidos em 2020, mas ser\u00e3o cobrados neste ano \u2013per\u00edodo ainda de pandemia de covid-19 e desemprego de 14,1%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica).<\/p>\n A coordenadora do programa de Sa\u00fade do Idec disse que a omiss\u00e3o da ANS provoca um\u00a0\u201ccen\u00e1rio perfeito\u201d<\/em>\u00a0para as operadoras dos planos. Com a pandemia de covid-19, as pessoas n\u00e3o deixam de pagar pelos seguros.<\/p>\n A ag\u00eancia\u00a0contabilizou<\/a>\u00a0que o n\u00famero de pessoas atendidas por planos subiu 1,2% em dezembro de 2020 em compara\u00e7\u00e3o com o ano anterior. Foram 560 mil a mais, atingindo 47,6 milh\u00f5es de clientes atendidos por 707 operadoras de sa\u00fade.<\/p>\n \u201cVoc\u00ea vai correr o risco de perder o seu plano de sa\u00fade? N\u00e3o, n\u00e3o vai. A estrutura econ\u00f4mica for\u00e7a o consumidor a permanecer pagando. Ele vai se endividar, mas n\u00e3o vai abrir m\u00e3o do plano de sa\u00fade agora porque n\u00e3o quer correr o risco de ficar sem leito\u201d, disse a advogada do Idec.\u00a0\u201cTemos uma situa\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica grav\u00edssima que n\u00e3o h\u00e1 est\u00edmulo para que o consumidor consiga se proteger. Est\u00e1 numa vulnerabilidade tamanha: um plano que n\u00e3o consegue pagar e do outro lado n\u00e3o recebe est\u00edmulos para sair. Se sair \u00e9 risco de morte e desassist\u00eancia\u201d<\/em>, completou.<\/p>\n Em novembro, depois de o an\u00fancio da ANS de que os reajustes suspensos seriam repassados aos consumidores, o Idec enviou um of\u00edcio \u00e0 ag\u00eancia em conjunto com a Defensoria P\u00fablica de S\u00e3o Paulo e outras entidades demandando a instaura\u00e7\u00e3o de uma C\u00e2mara Extraordin\u00e1ria para avaliar a necessidade da recomposi\u00e7\u00e3o com transpar\u00eancia e ampla participa\u00e7\u00e3o social. O pedido foi reiterado em um 2\u00ba comunicado, mas nenhum dos dois foi respondido pela ANS.<\/p>\n A Ag\u00eancia Nacional de Sa\u00fade Suplementar disse que a suspens\u00e3o dos reajustes dos planos coletivos de setembro a dezembro foi uma medida para dar\u00a0al\u00edvio financeiro ao consumidor,\u00a0\u201cpreservando a manuten\u00e7\u00e3o do plano de sa\u00fade, sem, contudo, desestabilizar as regras e os contratos estabelecidos\u201d<\/em>.<\/p>\n Sobre a recomposi\u00e7\u00e3o de reajustes \u2013ou seja, o pagamento retroativo\u2013 \u00a0a ANS determinou que dever\u00e1 ser aplicada em 12 parcelas mensais e de igual valor.<\/p>\n \u201cA ag\u00eancia buscou diluir o pagamento, a ser feito de forma escalonada para minimizar o impacto para os benefici\u00e1rios e preservar os contratos. A ANS estabeleceu, ainda, que para que o usu\u00e1rio do plano de sa\u00fade saiba exatamente o que est\u00e1 sendo cobrado, os boletos ou documentos de cobran\u00e7a equivalentes dever\u00e3o conter de forma clara e detalhada: o valor da mensalidade, o valor da parcela relativa \u00e0 recomposi\u00e7\u00e3o e o n\u00famero da parcela referente \u00e0 recomposi\u00e7\u00e3o dos valores n\u00e3o cobrados em 2020\u201d, afirmou.<\/p>\n Disse ainda que\u00a0o percentual de reajuste dos planos individuais autorizado para o per\u00edodo de maio de 2020 a abril de 2021 observou a varia\u00e7\u00e3o de despesas assistenciais entre 2018 e 2019, per\u00edodo anterior \u00e0 pandemia e que, portanto, n\u00e3o apresentou redu\u00e7\u00e3o de utiliza\u00e7\u00e3o de servi\u00e7os de sa\u00fade.<\/p>\n \u201cA ANS vem acompanhando com aten\u00e7\u00e3o o cumprimento pelas operadoras de planos de sa\u00fade das regras estabelecidas pela reguladora para a recomposi\u00e7\u00e3o dos reajustes suspensos em 2020 em raz\u00e3o da pandemia. Al\u00e9m de acompanhar as operadoras, a Ag\u00eancia vem realizando desde mar\u00e7o de 2020 (in\u00edcio da pandemia) o monitoramento di\u00e1rio das demandas registradas em seus canais de atendimento ao consumidor para pedidos de informa\u00e7\u00e3o e registro de reclama\u00e7\u00f5es\u201d, disse.<\/p>\n A\u00a0FenaSa\u00fade<\/a>\u00a0(Federa\u00e7\u00e3o Nacional de Sa\u00fade Suplementar) disse que os reajustes aplicados obedecem\u00a0rigorosamente \u00e0s regras contratuais e a legisla\u00e7\u00e3o definida pela ANS. Refletem o aumento de custos ocorrido na sa\u00fade entre 2018 e 2019, e n\u00e3o o comportamento recente, durante a pandemia.<\/p>\n \u201cA exist\u00eancia de casos espec\u00edficos e extremos de reajuste n\u00e3o retrata o que ocorre na imensa maioria dos 47,6 milh\u00f5es de contratos de sa\u00fade suplementar vigentes no pa\u00eds, nos quais os percentuais aplicados t\u00eam seguido a m\u00e9dia hist\u00f3rica observada nos \u00faltimos anos, tanto para os reajustes por mudan\u00e7a de faixa et\u00e1ria, quanto para os aumentos anuais\u201d, disse a FenaSa\u00fade.<\/p>\n Sobre o reajuste por faixa et\u00e1ria, a federa\u00e7\u00e3o disse que \u201cevid\u00eancias<\/em>\u201d indicam que os percentuais ora aplicados n\u00e3o diferem significativamente da m\u00e9dia hist\u00f3rica observada nos \u00faltimos anos. \u201cA forte concentra\u00e7\u00e3o de aumentos na faixa de 59 anos de idade se deve \u00e0 aplica\u00e7\u00e3o do que determina o Estatuto do Idoso, que acaba por impedir a dilui\u00e7\u00e3o desses reajustes por per\u00edodo mais longo, o que atenuaria bastante o impacto sobre os or\u00e7amentos\u201d<\/em>, afirmou.<\/p>\n A FenaSa\u00fade disse que cabe \u00e0 ANS definir o que incidir\u00e1 sobre as mensalidades dos planos em 2021, levando em considera\u00e7\u00e3o a varia\u00e7\u00e3o das despesas verificadas em 2020.<\/p>\n ANS<\/strong><\/em><\/p>\n A Ag\u00eancia Nacional de Sa\u00fade Suplementar (ANS) esclarece que a decis\u00e3o de suspender os reajustes dos planos de sa\u00fade no per\u00edodo de setembro a dezembro de 2020 foi tomada diante de um cen\u00e1rio de dificuldade para o benefici\u00e1rio, em fun\u00e7\u00e3o da retra\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica acarretada pela pandemia e de redu\u00e7\u00e3o da utiliza\u00e7\u00e3o dos servi\u00e7os de sa\u00fade no per\u00edodo. Dessa forma, a medida buscou conferir al\u00edvio financeiro ao consumidor, preservando a manuten\u00e7\u00e3o do plano de sa\u00fade, sem, contudo, desestabilizar as regras e os contratos estabelecidos.<\/p>\n Quanto \u00e0 recomposi\u00e7\u00e3o dos reajustes que foram suspensos nesse per\u00edodo, a ANS determinou que dever\u00e1 ser aplicada em 12 parcelas mensais e de igual valor. Dessa forma, a Ag\u00eancia buscou diluir o pagamento, a ser feito de forma escalonada para minimizar o impacto para os benefici\u00e1rios e preservar os contratos. A ANS estabeleceu, ainda, que para que o usu\u00e1rio do plano de sa\u00fade saiba exatamente o que est\u00e1 sendo cobrado, os boletos ou documentos de cobran\u00e7a equivalentes dever\u00e3o conter de forma clara e detalhada: o valor da mensalidade, o valor da parcela relativa \u00e0 recomposi\u00e7\u00e3o e o n\u00famero da parcela referente \u00e0 recomposi\u00e7\u00e3o dos valores n\u00e3o cobrados em 2020.<\/p>\n Cabe explicar que o percentual de reajuste autorizado para o per\u00edodo de maio de 2020 a abril de 2021 observou a varia\u00e7\u00e3o de despesas assistenciais entre 2018 e 2019, per\u00edodo anterior \u00e0 pandemia e que, portanto, n\u00e3o apresentou redu\u00e7\u00e3o de utiliza\u00e7\u00e3o de servi\u00e7os de sa\u00fade. Os efeitos da redu\u00e7\u00e3o ser\u00e3o percebidos no reajuste referente a 2021.<\/p>\n A ANS vem acompanhando com aten\u00e7\u00e3o o cumprimento pelas operadoras de planos de sa\u00fade das regras estabelecidas pela reguladora para a recomposi\u00e7\u00e3o dos reajustes suspensos em 2020 em raz\u00e3o da pandemia. Al\u00e9m de acompanhar as operadoras, a Ag\u00eancia vem realizando desde mar\u00e7o de 2020 (in\u00edcio da pandemia) o monitoramento di\u00e1rio das demandas registradas em seus canais de atendimento ao consumidor para pedidos de informa\u00e7\u00e3o e registro de reclama\u00e7\u00f5es. Confira\u00a0aqui<\/a>.<\/p>\n Dessa forma, a ANS atua fortemente na intermedia\u00e7\u00e3o de conflitos entre benefici\u00e1rios e operadoras atrav\u00e9s da Notifica\u00e7\u00e3o de Intermedia\u00e7\u00e3o Preliminar (NIP). A partir de uma reclama\u00e7\u00e3o registrada na Ag\u00eancia, uma notifica\u00e7\u00e3o autom\u00e1tica \u00e9 encaminhada \u00e0 operadora respons\u00e1vel, que tem at\u00e9 5 dias \u00fateis para resolver o problema do benefici\u00e1rio nos casos de n\u00e3o garantia da cobertura assistencial, e 10 dias \u00fateis para as demandas n\u00e3o assistenciais. At\u00e9 outubro de 2020, a NIP alcan\u00e7ou 93,3% de resolutividade, considerando todas as demandas cadastradas na ANS no per\u00edodo que foram pass\u00edveis de media\u00e7\u00e3o. A alta resolutividade em um ano t\u00e3o at\u00edpico e de tantos desafios impostos ao setor de sa\u00fade demonstra o \u00eaxito da ag\u00eancia reguladora na intermedia\u00e7\u00e3o de conflitos entre benefici\u00e1rios e operadoras, evitando, assim, uma potencial judicializa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n A Ag\u00eancia destaca ainda que vem acompanhando os impactos da pandemia e tem dado total transpar\u00eancia \u00e0s informa\u00e7\u00f5es por meio do Boletim Covid-19 Sa\u00fade Suplementar (confira\u00a0aqui<\/a>\u00a0a edi\u00e7\u00e3o de janeiro). Atrav\u00e9s desse acompanhamento, a ANS vem avaliando os cen\u00e1rios para que seja poss\u00edvel tomar as decis\u00f5es mais acertadas em prol do setor, buscando proteger o consumidor e preservar o equil\u00edbrio e a sustentabilidade do sistema suplementar de sa\u00fade. No caso dos planos individuais ou familiares, o percentual m\u00e1ximo de reajuste que pode ser aplicado pelas operadoras \u00e9 definido pela ANS. Para o per\u00edodo de maio de 2020 a abril de 2021, o \u00edndice estabelecido foi de 8,14%.<\/p>\n No caso dos planos coletivos com 30 benefici\u00e1rios ou mais, estes possuem reajuste estabelecido a partir da rela\u00e7\u00e3o comercial entre a empresa contratante e a operadora, em que h\u00e1 espa\u00e7o para negocia\u00e7\u00e3o entre as partes. J\u00e1 o reajuste dos planos coletivos com menos de 30 benefici\u00e1rios conta com uma regra espec\u00edfica de agrupamento de contratos, o chamado\u202fpool\u202fde risco. Dessa forma, todos os contratos coletivos com menos de 30 vidas de uma mesma operadora devem receber o mesmo percentual de reajuste anual. Esta medida tem o objetivo de diluir o risco desses contratos, oferecendo maior equil\u00edbrio no c\u00e1lculo do reajuste.<\/p>\n Al\u00e9m disso, as operadoras\u202fdevem seguir regras determinadas pela ANS para aplica\u00e7\u00e3o dos reajustes coletivos, tais como: obrigatoriedade de comunica\u00e7\u00e3o do \u00edndice aplicado e de informa\u00e7\u00f5es no boleto de pagamento e fatura; periodicidade do reajuste e impossibilidade de discrimina\u00e7\u00e3o de pre\u00e7os e reajustes entre benefici\u00e1rios de um mesmo contrato e produto; e obrigatoriedade de disponibiliza\u00e7\u00e3o \u00e0 pessoa jur\u00eddica contratante da mem\u00f3ria de c\u00e1lculo do reajuste e metodologia utilizada com o m\u00ednimo de 30 dias de anteced\u00eancia da data prevista para a aplica\u00e7\u00e3o do reajuste, e ao benefici\u00e1rio, 10 dias ap\u00f3s a aplica\u00e7\u00e3o do reajuste, desde que solicitado.<\/p>\n Para mais informa\u00e7\u00f5es sobre os reajustes, em todas as modalidades, acesse\u00a0aqui<\/a>.<\/em><\/p>\n Quanto foi o reajuste de 2020? Quanto foi o reajuste de 2021?<\/em><\/p>\n Como informado acima, para o per\u00edodo de maio de 2020 a abril de 2021, o \u00edndice m\u00e1ximo autorizado para reajuste dos planos individuais ou familiares foi de 8,14%. O hist\u00f3rico dos percentuais de reajuste autorizados para os anos anteriores pode ser verificado neste\u00a0link<\/a>.<\/p>\n Voc\u00eas tamb\u00e9m t\u00eam o reajuste m\u00e9dio de cada ano (desde 2000) dos planos coletivos empresariais e por ades\u00e3o?<\/p>\n Os percentuais de reajuste aplicados pelas operadoras para os contratos coletivos com menos de 30 benefici\u00e1rios est\u00e3o dispon\u00edveis neste\u00a0link<\/a>\u00a0(dados dispon\u00edveis at\u00e9 abril de 2019).<\/p>\n Para obter dados mais atualizados sobre os percentuais de reajustes em contratos coletivos (a partir de 2015 at\u00e9 agosto de 2020), acesse o portal de dados abertos da ANS em\u00a0Reajuste de Planos coletivos \u2013 Conjuntos de dados \u2013 Portal Brasileiro de Dados Abertos<\/a>.<\/p>\n FenaSa\u00fade<\/strong><\/em><\/p>\n Todos os reajustes aplicados obedecem rigorosamente \u00e0s regras contratuais e a legisla\u00e7\u00e3o definida pela ANS. Refletem o aumento de custos ocorrido na sa\u00fade entre 2018 e 2019, e n\u00e3o o comportamento recente, durante a pandemia.<\/p>\n A exist\u00eancia de casos espec\u00edficos e extremos de reajuste n\u00e3o retrata o que ocorre na imensa maioria dos 47,6 milh\u00f5es de contratos de sa\u00fade suplementar vigentes no pa\u00eds, nos quais os percentuais aplicados t\u00eam seguido a m\u00e9dia hist\u00f3rica observada nos \u00faltimos anos, tanto para os reajustes por mudan\u00e7a de faixa et\u00e1ria, quanto para os aumentos anuais.<\/p>\n Os reajustes de planos individuais s\u00e3o, por lei, fixados pela ANS e n\u00e3o eram aplicados desde 2019. Neste ano foram at\u00e9 inferiores aos de anos recentes, tamb\u00e9m fixados pelo \u00f3rg\u00e3o regulador e seguidos pelas operadoras.<\/p>\n Quanto aos aumentos por mudan\u00e7a de faixa et\u00e1ria, as evid\u00eancias indicam que os percentuais ora aplicados n\u00e3o diferem significativamente da m\u00e9dia hist\u00f3rica observada nos \u00faltimos anos. A forte concentra\u00e7\u00e3o de aumentos na faixa de 59 anos de idade se deve \u00e0 aplica\u00e7\u00e3o do que determina o Estatuto do Idoso, que acaba por impedir a dilui\u00e7\u00e3o desses reajustes por per\u00edodo mais longo, o que atenuaria bastante o impacto sobre os or\u00e7amentos.<\/p>\n Em rela\u00e7\u00e3o ao percentual que incidir\u00e1 sobre as mensalidades neste ano, refletindo a varia\u00e7\u00e3o das despesas verificada em 2020, cabe \u00e0 ANS defini-lo e espera-se que isso seja feito no momento oportuno, acompanhando o comportamento da assist\u00eancia privada \u00e0 sa\u00fade no primeiro ano de pandemia no pa\u00eds.<\/em>CONTINUAR LENDO<\/p>\n O post Pre\u00e7os dos planos de sa\u00fade sobem at\u00e9 50% em 2021, diz Idec<\/a> apareceu primeiro em CQCS<\/a>.<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" ANS n\u00e3o faz acompanhamento adequado. Consumidores ter\u00e3o 3 reajustes neste ano O ac\u00famulo de reajustes em 2021 deixa planos de sa\u00fade coletivos at\u00e9 50% mais caros, segundo pesquisa do\u00a0Idec\u00a0(Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). O aumento exponencial dos valores cobrados se deve aos reajustes de 2020, que foi prorrogado, e o previsto para o m\u00eas … Continue lendo Pre\u00e7os dos planos de sa\u00fade sobem at\u00e9 50% em 2021, diz Idec<\/span> ![\"\"](\"https:\/\/i2.wp.com\/static.poder360.com.br\/2021\/02\/reajustes-planos-coletivos-12fev2021.png?w=900&ssl=1\")
<\/figure>\n![\"\"](\"https:\/\/i2.wp.com\/static.poder360.com.br\/2021\/02\/reajuste-plano-de-saude-12fev2021-01.png?w=900&ssl=1\")
<\/figure>\nO QUE DIZ A ANS<\/h3>\n
O QUE DIZEM AS OPERADORAS<\/h2>\n
LEIA AS NOTAS DA ANS E FENASA\u00daDE NA \u00cdNTEGRAINFORMA\u00c7\u00d5ES DA ANS<\/strong><\/h2>\n
Sobre os reajustes<\/em><\/p>\n