A principal consultoria brasileira especializada em desenvolvimento de capital humano, sele\u00e7\u00e3o e recrutamento, FESA Group, viu dobrar a procura de empresas por profissionais e posi\u00e7\u00f5es entre 2018 e 2019, para atender especificamente a LGPD.<\/p>\n

Novas posi\u00e7\u00f5es: Recentemente, a empresa fez algumas posi\u00e7\u00f5es para Seguradoras. Segundo a s\u00f3cia consultora Fabiana Rocha, a lei abriu um novo mercado de trabalho, uma vez que todas as empresas precisar\u00e3o se adequar. \u201cMuitos dos candidatos t\u00eam nos reportado que est\u00e3o participando de diversos processos ao mesmo tempo. S\u00e3o posi\u00e7\u00f5es tanto do n\u00edvel operacional quanto do n\u00edvel estrat\u00e9gico. Isso mostra que \u00e9 um caminho de oportunidade do ponto de vista profissional\u201d, destaca a consultora.<\/p>\n

Fabiana conta ainda que o mercado busca por profissionais das mais variadas \u00e1reas, como seguran\u00e7a da informa\u00e7\u00e3o, risco, compliance, jur\u00eddico, mas faz um alerta: \u201cTodas as \u00e1reas precisar\u00e3o se adaptar. Portanto, embora h\u00e1 um movimento crescente, sobretudo nas grandes empresas, do chamado Data Protection Officer (DPO), todas as companhias, independentemente do tamanho, dever\u00e3o se adequar para atender a todas as regras da lei\u201d.<\/p>\n

Habilidades e compet\u00eancias \u2013 Como se trata de uma lei nova, ainda existem poucos profissionais especializados. A consultora destaca que esses profissionais necessitam de um bom poder de convencimento e persuas\u00e3o, que transitem facilmente em todas as \u00e1reas das empresas e que entendam do neg\u00f3cio. \u201cEsse conjunto de habilidades se faz necess\u00e1rio porque esse profissional tem muita visibilidade dentro da empresa, por isso a seguran\u00e7a, sensatez e senioridade s\u00e3o habilidades altamente desejadas\u201d, complementa.<\/p>\n

Princ\u00edpios da lei \u00e0s seguradoras: Fernando Alqualo, s\u00f3cio do escrit\u00f3rio Alqualo & Gonzaga Jr. e que se especializou em LGDP, destaca alguns dos princ\u00edpios da lei que se aplicam especialmente \u00e0s seguradoras. \u201cAs seguradoras t\u00eam muitas informa\u00e7\u00f5es captadas para forma\u00e7\u00e3o do valor da ap\u00f3lice com rela\u00e7\u00e3o ao pr\u00eamio, em que os segurados ou at\u00e9 os proponentes que est\u00e3o buscando uma proposta n\u00e3o t\u00eam conhecimento que a seguradora tem esses dados em m\u00e3os. E hoje a finalidade da lei \u00e9 justamente essa, isto \u00e9, obriga que as seguradoras saibam qual a origem da informa\u00e7\u00e3o, o destino e, sobretudo, tenham o consentimento da pessoa f\u00edsica, seja para utilizar essas informa\u00e7\u00f5es com a finalidade de realizar o seguro ou como estat\u00edstica ou banco de dados, por exemplo. Al\u00e9m disso, a seguradora tem que tomar uma s\u00e9rie de medidas no sentido de se proteger, inclusive, com rela\u00e7\u00e3o aos dados fornecidos pelas empresas, certificando-se, se onde elas est\u00e3o coletando os dados t\u00eam autoriza\u00e7\u00e3o destas pessoas para que esses dados sejam usados com essa finalidade\u201d, destaca o advogado.<\/p>\n

De acordo com dados do IDC, seis em cada dez empresas brasileiras, de multinacionais a startups, ampliaram seus or\u00e7amentos em prol da seguran\u00e7a da informa\u00e7\u00e3o, impulsionadas pela LGPD. A preocupa\u00e7\u00e3o \u00e9 justificada. Em caso de descumprimento das regras previstas pela LGPD, ser\u00e3o aplicadas multas que podem variar de 2% do faturamento da organiza\u00e7\u00e3o at\u00e9 o limite de R$ 50 milh\u00f5es.<\/p>\n

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