Pa\u00eds est\u00e1 em um momento decisivo e depende da reforma da Previd\u00eancia para voltar a crescer; se aprovada, governo ganhar\u00e1 credibilidade para o Brasil mudar de patamar<\/p>\n
O Brasil est\u00e1 num momento em que ou as coisas v\u00e3o ou a vaca vai para o brejo. N\u00e3o se discute em 2019 se o Pa\u00eds ter\u00e1 um crescimento mais modesto do que o inicialmente esperado, mas que n\u00e3o deixa de ser uma boa not\u00edcia, porque pode dar o f\u00f4lego que o Pa\u00eds necessita para voltar a crescer em patamares mais expressivos.<\/p>\n
O n\u00f3 g\u00f3rdio que precisa ser cortado rapidamente se chama reforma da Previd\u00eancia. Ou n\u00f3s a fazemos ou o Brasil fecha para balan\u00e7o porque n\u00e3o ter\u00e1 condi\u00e7\u00f5es m\u00ednimas para arcar com o pagamento das contas p\u00fablicas. \u00c9 de se esperar que o Congresso vote uma reforma. Mas, se ela for t\u00edmida, n\u00e3o servir\u00e1 para estancar a sangria desatada, al\u00e9m de fragilizar o governo, comprometendo a governabilidade dos pr\u00f3ximos anos.<\/p>\n
At\u00e9 agora, n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel qualquer progn\u00f3stico. De um monstrengo com capacidade para comprometer o futuro at\u00e9 uma lei inteligente, tudo \u00e9 poss\u00edvel, mas passa pela capacidade de articula\u00e7\u00e3o do governo federal, que ainda est\u00e1 bastante confuso.<\/p>\n
Dando de lambuja que o Pa\u00eds sair\u00e1 da enrascada com uma reforma intermedi\u00e1ria, o governo ganhar\u00e1 credibilidade e for\u00e7a e o crescimento nacional mudar\u00e1 de patamar.<\/p>\n
\u00c9 neste cen\u00e1rio que as seguradoras se preparam para enfrentar uma s\u00e9rie de desafios que, se forem bem trabalhados, podem significar um crescimento de 100% sobre o faturamento atual, num per\u00edodo de cinco anos.<\/p>\n
No campo das a\u00e7\u00f5es pol\u00edticas, o setor deve fazer o governo entender que est\u00e1 entre os principais players. At\u00e9 hoje, as autoridades federais n\u00e3o deram a aten\u00e7\u00e3o que a atividade merece. \u00c9 como se n\u00e3o percebessem a import\u00e2ncia de reservas de mais de R$ 1,2 trilh\u00e3o para o financiamento do desenvolvimento nacional, especialmente as obras de infraestrutura, indispens\u00e1veis para o Pa\u00eds avan\u00e7ar econ\u00f4mica e socialmente.<\/p>\n
A nomea\u00e7\u00e3o da nova superintendente da SUSEP (Superintend\u00eancia de Seguros Privados) indica que a mudan\u00e7a de percep\u00e7\u00e3o j\u00e1 pode ter acontecido ou est\u00e1 acontecendo. Ao nomear algu\u00e9m com compet\u00eancia e conhecimento t\u00e9cnico, o governo sinaliza positivamente e d\u00e1 ao setor uma parceira importante para atuar como interlocutora, discutir os temas mais relevantes e reivindicar o tratamento que a atividade seguradora merece.<\/p>\n
No campo dos seguros, a revolu\u00e7\u00e3o silenciosa, que est\u00e1 em andamento h\u00e1 alguns anos, modificou profundamente o desenho das seguradoras e a forma de atua\u00e7\u00e3o das diferentes companhias.<\/p>\n
Como diz um dos principais l\u00edderes da atividade, n\u00e3o \u00e9 mais poss\u00edvel analisar as companhias apenas com base no faturamento total. Elas precisam ser vistas dentro de seus segmentos e as an\u00e1lises devem levar em conta as linhas de neg\u00f3cio e o desempenho da seguradora dentro delas.<\/p>\n
Os seguros atualmente comercializados s\u00e3o produtos desenhados para a classe m\u00e9dia e para empresas de um determinado porte m\u00ednimo. O crescimento da comercializa\u00e7\u00e3o, at\u00e9 a crise, vinha acontecendo de forma constante e positiva. Com a chegada da recess\u00e3o, o mercado reduziu o ritmo e entrou em compasso de espera.<\/p>\n
Desde o \u00faltimo ano, as engrenagens voltaram a girar e lentamente a comercializa\u00e7\u00e3o de novas ap\u00f3lices volta a apresentar resultados animadores. O dado interessante \u00e9 que h\u00e1 espa\u00e7o para um crescimento expressivo se o setor trabalhar com compet\u00eancia apenas os ramos de seguros j\u00e1 existentes. As seguradoras devem lan\u00e7ar novos produtos, com desenhos mais modernos e de acordo com as necessidades da sociedade e, com certeza, t\u00e3o logo sejam percebidos, ter\u00e3o demanda maior do que as ap\u00f3lices atuais.<\/p>\n
Nunca \u00e9 demais lembrar que a maioria dos im\u00f3veis n\u00e3o tem seguros, que o grosso das empresas tamb\u00e9m n\u00e3o, que os seguros de vida t\u00eam uma avenida pela frente a ser explorada e que os produtos de previd\u00eancia complementar aberta continuam competitivos.<\/p>\n
Mas, como prosseguiu o executivo citado acima, a hora \u00e9 de mudar de degrau. As seguradoras precisam mirar as classes menos favorecidas e oferecer produtos que j\u00e1 existem em outros pa\u00edses, mas que ainda n\u00e3o s\u00e3o comercializados por aqui. Se isto acontecer, o setor de seguros pode chegar a mais de 13% do PIB<\/p>\n
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