Este ano, a metodologia para calcular o aumento dos contratos individuais vai mudar. Ser\u00e1 baseada na varia\u00e7\u00e3o de custos assistenciais dos planos, que vai compor 80% do reajuste. Os 20% restantes ser\u00e3o correspondentes ao IPCA, mas com o desconto da varia\u00e7\u00e3o dos planos de sa\u00fade que j\u00e1 comp\u00f5e o \u00edndice oficial de infla\u00e7\u00e3o, impedindo assim sobreposi\u00e7\u00e3o de indicadores.<\/p>\n

A nova f\u00f3rmula de c\u00e1lculo foi aprovada em dezembro.<\/p>\n

-A caracter\u00edstica principal da metodologia \u00e9 a transpar\u00eancia. Todos os dados apresentados pelas operadoras ser\u00e3o publicados e postos \u00e0 disposi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m no site da ag\u00eancia. O primeiro reajuste com o novo c\u00e1lculo sair\u00e1 entre maio e junho \u2013 diz Rog\u00e9rio Scarabel, diretor da ANS.<\/p>\n

At\u00e9 o ano passado, o percentual dos planos individuais era determinado pela m\u00e9dia dos reajustes dos coletivos.<\/p>\n

-Incluir o IPCA \u00e9 razo\u00e1vel, mas ter 80% do reajuste calculado com base na varia\u00e7\u00e3o dos custos assistenciais \u00e9 muito alto. H\u00e1 inclus\u00e3o de receitas por faixa et\u00e1ria e ganhos de efici\u00eancia. Mas \u00e9 muito confuso, n\u00e3o vai ficar claro para o consumidor -diz Marco Antonio Araujo Junior, assessor-chefe do Procon-SP.<\/p>\n

Para o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que entrou na Justi\u00e7a no ano passado para barrar o reajuste, faltaram simula\u00e7\u00f5es para comparar as duas f\u00f3rmulas.<\/p>\n

Para o diretor da ANS, no entanto, divulgar simula\u00e7\u00f5es poderia causar confus\u00e3o.<\/p>\n

\u2013 Na f\u00f3rmula, h\u00e1 fator de ganho de efici\u00eancia das operadoras, reduzindo o percentual de reajuste. Todos os dados s\u00e3o auditados e todos ser\u00e3o publicados -acrescenta.<\/p>\n

Jo\u00e3o Alceu Amoroso Lima, presidente da Fenasa\u00fade, que re\u00fane operadoras do setor, tamb\u00e9m n\u00e3o ficou satisfeito com a norma. Embora concorde com o uso dos custos assistenciais, reclama de outros par\u00e2metros:<\/p>\n

\u2013 Apesar de ter evolu\u00eddo, a f\u00f3rmula ainda \u00e9 pouco transparente. H\u00e1 mecanismos de produtividade e ganhos pouco claros.<\/p>\n

Amoroso Lima diz que o ideal seria ter reajustes espec\u00edficos para operadoras e regi\u00f5es.<\/p>\n

-Seria um grande progresso, iria capturar as varia\u00e7\u00f5es por produtos, regi\u00f5es, redes.<\/p>\n

S\u00e3o oito milh\u00f5es de benefici\u00e1rios atingidos pelo reajuste estipulado pela ANS, ou 17% do total do mercado. Desde 2015, esses planos t\u00eam sofrido reajustes acima de 10%. Em 2015, 2016 e 2017, o \u00edndice foi de 13,5%. Nos planos coletivos (como os oferecidos por empresas a seus empregados ), o reajuste \u00e9 negociado livremente. H\u00e1 40 milh\u00f5es de usu\u00e1rios no pa\u00eds nesses contratos.<\/p>\n

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