Seguro rural foi um dos destaques de 2018

O seguro rural é uma das grandes apostas do mercado para 2019. O segmento cresceu 13,5% no acumulado de janeiro a outubro do ano passado, somando R$ 3,9 bilhões em volume de prêmios. Essa taxa de crescimento aproxima-se da projeção otimista feita pela Confederação das Seguradoras (CNseg) para o ano, de 15,8%.

Desde 2006, quando o Governo passou a subvencionar a produção agrícola, o Brasil saiu de 1,5 milhão de hectares segurados em 20 culturas, para os atuais 12 milhões de hectares em 70 culturas. O valor da subvenção federal, que este ao chegou a R$ 370,8 milhões, deve alcançar os R$ 450 milhões em 2019.

Para a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), que acompanha o desenvolvimento do ramo, o seguro rural tem captado mais recursos pelo fato de os produtores agrícolas estarem se aculturando à contratação do produto.

“A safra brasileira tem crescido ano a ano, principalmente por conta do investimento crescente dos produtores, que têm mais interesse em transferir riscos através do seguro rural, garantindo suas safras”, destaca Joaquim Neto, presidente da Comissão de Seguro Rural da FenSeg.

Esse movimento também aquece o mercado segurador. “Novas empresas estão entrando no ramo. Para 2018, as perspectivas de fechamento são as melhores. As seguradoras têm buscado pulverizar a captação de riscos e dessa forma ampliam suas carteiras. Pois com uma melhor distribuição geográfica, os riscos não ficam tão concentrados”, analisa Joaquim.

Entre 2016 e 2017, o Brasil registrou a maior safra de grãos de sua história: 238 milhões de toneladas. E não só para os brasileiros: segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), a produção de grãos do país é suficiente para alimentar quatro vezes sua população. Entre 1996 e 2017, enquanto o PIB total teve uma taxa de crescimento média anual de 2,3%, o PIB da agropecuária cresceu 3,8%.

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