Novos caminhos para o mercado – navegar é preciso

Por Sergio Ricardo de M Souza, MBA, M.Sc.
As palavras da nova Superintendente da SUSEP, quase que em forma de desafio criativo ao mercado, são importantes.
Em seu pronunciamento de posse, no último dia 22/03, Solange Vieira destacou algumas coisas que faço questão de replicar:
  • “Por que no resseguro ainda temos uma empresa na qual o governo tem golden share e participação de 11,7%? Por que nossa maior seguradora é o Estado, com seguro de crédito à exportação, seguros rurais, de acidente de trabalho, auxílio-doença, dentre outros seguros?” 
  • “Precisamos de mais Brasil e menos Brasília”
  • “Nosso índice de penetração, dado pela relação prêmio/PIB, nos coloca em relação inferior à África do Sul e ao Chile. E quando comparado com o grupo de países em desenvolvimento, estamos na 14ª posição”
  • “Temos uma revolução em curso. As insurtechs aparecem como uma nova forma de fazer e comercializar seguros. Precisamos acelerar a velocidade de novos produtos no mercado”
Traduzo essas palavras em um pensamento meu, antigo e ainda vigente, que é o de que podemos e, mais que tudo, precisamos, inovar para crescer, nos livrando de velhos preconceitos e paradigmas que nos fazem, cada vez mais, sermos avessos aos riscos, quando deveríamos nos aparelharmos, com capacitação das pessoas e coragem empresarial para crescer.
Na verdade, o crescimento reflete a necessidade de empreender, ter novas ideias, traçar desafios estratégicos sustentáveis e desdobrá-los em projetos que possam fazer com que bons projetos sejam realizados.
Os assuntos relativos a seguros sob a gestão ou influência do Governo precisam ser urgentemente discutidos. Não se admite mais, por exemplo, que uma canetada venha a reduzir os prêmios do Seguro DPVAT de forma inconsequente, sabendo que 45% dos mesmos se destinam ao SUS, sem maiores explicações à sociedade, apenas para dar um exemplo. Há também muitos questionamentos a fazer também em relação a atuação de bancos e empresas públicas no mercado, inibindo a atuação das empresas privadas, assim como de regras mais claras para o segmento de saúde suplementar.
Precisamos destravar a economia, o que se faz preliminarmente com incentivo a novas ideias e o destravamento das mentes. “Navegar é preciso”, sobretudo, sobreviver também é preciso.
Sergio Ricardo de M Souza
Executivo dos Mercado de Seguros com mais de 20 anos de experiência. Mestre em Sistemas de Gestão – UFF/MSG, MBA em Sistemas de Gestão – GQT – UFF. Engenheiro Mecânico – UGF. Membro da ANSP – Academia Nacional de Seguros e Previdência e ex-Diretor do CVG – Clube Vida em Grupo RJ. Fundador do Grupo Seguros – Linkedin. Associado da ABGP, PMI, PRMIA, IARCP. Colunista da Revista Venda Mais e do Portal CQCS. Coordenador de Pós-Graduação e Professor dos programas de Pós-Graduação do IBMEC, UFF, ENS, FGV, FUNCEFET, IPETEC UCP, UVA, CEPERJ, ECEMAR, ESTÁCIO DE SÁ, TREVISAN, IBP, CBV. É coordenador acadêmico do MBA Saúde Suplementar, do MBA Gestão de Negócios de Seguros e do MBA Governança, Riscos Controles e Compliance na UCP. Sócio-Diretor da Gravitas AP – Consultoria e Treinamento, especializada em gerenciamento de riscos, seguros e resseguro.

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